Policia Federal

Joias de Bolsonaro: Mauro Cid e Lourena Cid são intimados a depor na PF sobre novo item

Peça foi identificada durante diligências com o FBI nos Estados Unidos

Joias: tenente-coronel Mauro Cid, e seu pai, o general Lourena Cid, vão prestar depoimento à PFJoias: tenente-coronel Mauro Cid, e seu pai, o general Lourena Cid, vão prestar depoimento à PF - Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, e seu pai, o general Lourena Cid, foram intimados a depor novamente na Polícia Federal.

A oitiva deverá acontecer no próximo dia 18 e deverá contemplar a negociação de uma nova joia por aliados do ex-presidente. O item foi identificado por investigadores durante diligências em lojas localizadas nos Estados Unidos.

Como O Globo mostrou nesta terça-feira, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que a nova joia descoberta irá robustecer as investigações sobre a venda de presentes recebidos por ele em viagens oficiais.

Em maio, um agente e um delegado da PF estiveram no país em uma cooperação internacional do Federal Bureau of Investigation (FBI), o Departamento Federal de Investigação.

Em cidades como Miami (Flórida), Wilson Grove (Pensilvânia) e Nova Iorque (NY), os policiais conseguiram colher depoimentos de comerciantes, acessar imagens de câmeras de segurança e ainda obter documentos, como movimentações financeiras dos investigados.

— Foi nessa diligência do exterior, com a equipe do FBI, que se teve notícia dessa nova joias negociada e que não estava no foco da investigação. Houve um encontro de um novo bem vendido no exterior e isso talvez tenha sido um dos fatores para atrasar a conclusão do inquérito. Esse encontro robustece a investigação que se iniciou desde a apreensão no aeroporto — explicou Rodrigues.

Para o delegado Ricardo Andrade Saadi, diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado e à Corrupção (Dicor), a identificação dessa nova joia vendida pode ser um agravante na definição da pena em caso de eventual condenação dos envolvidos no esquema. São investigados crimes como peculato e organização criminosa. 

De acordo com as investigações, auxiliares de Bolsonaro venderam ou tentaram comercializar ao menos quatro itens, sendo dois entregues pela Arábia Saudita e dois pelo Bahrein.

No inquérito, a PF aponta a existência de uma organização criminosa no entorno do ex-presidente que atuou para desviar joias, relógios, esculturas e outros itens de luxo recebidos por ele como representante do Estado brasileiro.

Entre os presentes negociados, estão relógios das marcas Rolex e Patek Phillipe, para a empresa Precision Watches, no valor total de US$ 68 mil, o que corresponde na cotação da época a R$ 346.983,60.

Nesse caso, o ex-ajudante de ordens esteve pessoalmente em uma loja em Willow Grove para vender a peça. Uma foto do comprovante de depósito foi armazenada no celular do oficial.

Em depoimento sobre a investigação, Bolsonaro optou por ficar em silêncio.

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