Morre jurista Dalmo Dallari aos 90 anos, em São Paulo
Dallari é considerado um dos mais importantes juristas do país
O jurista Dalmo de Abreu Dallari morreu nesta sexta-feira (8), aos 90 anos, em São Paulo, em decorrência de um quadro de insuficiência respiratória. Dallari, que foi professor emérito da Universidade de São Paulo (USP), é considerado um dos juristas mais importantes do país e deixa, além da esposa, sete filhos, 13 netos e dois bisnetos.
Nascido em Serra Negra (SP), Dallari ingressou na Faculdade de Direito da USP em 1953 e, 11 anos depois, passou a fazer parte do corpo docente.
Além de ter sido professor emérito, o jurista foi escolhido, em 1986, diretor da Faculdade de Direito da USP, permanecendo até 1990. Depois, ele exerceu o cargo de secretário de Negócios Jurídicos na prefeitura de São Paulo, então sob a gestão de Luiza Erundina (PSOL).
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Dallari também atuou na resistência à ditadura militar, tendo ajudado a organizar a Comissão Pontifícia de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, que prestou importante apoio jurídico a perseguidos políticos e registrou os casos de violação no período.
Em nota, a família disse que o jurista morreu em decorrência de insuficiência respiratória. O velório será realizado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no Largo de São Francisco, mas o horário não foi divulgado. Além da família, a nota diz que Dallari deixa “várias gerações de alunos e seguidores, aos quais se dedicou em mais de 60 anos de magistério e atuação na promoção dos direitos humanos”.
A Faculdade de Direito da USP lamentou a morte de Dallari. "Dalmo era amado por seus amigos de docência e alunos. Nos bancos das salas de aula transmitia seu saber com seriedade, de forma que todos, tanto na Graduação quanto na Pós-Graduação, adquirissem o conhecimento com mais facilidade", disse a instituição, em nota.
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