Kassab diz que Lula perderia se eleição presidencial fosse hoje e critica Haddad
Para presidente do PSD, ministro da Economia não consegue se impor no governo
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Presidente do PSD e secretário de governo e Relações Institucionais, no governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo, Gilberto Kassab disse nesta quarta-feira que uma reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ( PT) não seria fácil. Para ele, se a eleião fosse hoje, o PT não estaria na condição de favorito, mas de derrotado.
— Hoje (a reeleição) não é fácil. Em quase 23 anos, desde que Lula se elegeu, o PT nunca teve uma queda (de popularidade) no Nordeste. Se fosse hoje, ele estaria na campanha, mas não na posição de favorito, mas sim de derrotado — disse Kassab em painel da Latin America Investment Conference, evento realizado pelo UBS e UBS/BB nesta quarta-feira, no hotel Grand Hyatt, em São Paulo.
Pesquisa da Quest/Genial, divulgada na última segunda-feira, mostra aumento da desaprovação ao governo de Lula puxada pelo Nordeste e pelo Sul.
De acordo com o levantamento a queda na aprovação foi de 8 pontos no Nordeste e 7 pontos no Sul. Com isso, a aprovação do governo chegou a 59% no Nordeste e a 39% no Sul. No país, a desaprovação do governo Lula chegou a 49%, ante os 47% da pesquisa anterior.
O PSD tem três ministérios no governo Lula, (Minas e Energia; Agricultura; e Pesca), mas o partido convive com insatisfações internas de políticos que não conseguem emplacar seus apadrinhados em cargos da máquina federal e, na outra ponta, de uma ala que resiste a aderir à gestão petista, segundo reportagem do Globo.
Kassab também afirmou que Tarcísio de Freitas é um candidato forte, mas sua preferência seria se reeleger para o governo de São Paulo. O presidente do PSD citou ainda os nomes do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD) para a eleição de 2026.
Sucesso da economia depende de ministro forte
Além da questão política, Kassab fez comentários também sobre a economia. Para ele, o sucesso da economia depende de um ministro forte, que consiga se impor no governo.
— Primeiro, eu acredito no sucesso da economia quando você tem ministros de economia fortes. Fernando Henrique era um ministro forte e, em seu governo, dava toda a autonomia a Pedro malan. Antonio Pallcci comandava no governo Lula e Henrique Meirelles no governo de Michel Temer. Se não fosse o Paulo Guedes, Bolsonaro não teria tido êxito em algumas áreas — disse Kassab, que completou em seguida:
— Hoje a gente vê dificuldade do ministro Haddad de comandar. Ele externaliza convições e projetos, que acabam não se tornando realidade porque ele não consegue se impor no governo. Um ministro da economia fraco não é um bom indicativo — afirmou.