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BRASIL

Léo Índio confirma a Moraes que está na Argentina

Réu pelo 8 de janeiro, primo dos filhos de Bolsonaro declarou que está há 20 dias fora do país

Léo Índio, primo dos filhos mais velhos de Jair Bolsonaro, diz que está na Argentina há mais de 20 dias Léo Índio, primo dos filhos mais velhos de Jair Bolsonaro, diz que está na Argentina há mais de 20 dias  - Foto: Reprodução/Massa FM Cascavel

Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, confirmou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que está na Argentina. Ele apresentou um documento do governo argentino que aponta uma autorização para permanência provisória no país, até o dia 4 de junho.

"Leonardo Rodrigues de Jesus, já devidamente qualificado nos autos, por meio de sua advogada infra-assinada e em entendimento ao teor do despacho, exarado no dia 27/03/2025, vem, a r. presença de Vossa Excelência, informar que o ora acusado, atualmente, está na Argentina nas condições descritas", afirmou sua defesa ao STF.

Na quinta-feira, Moraes havia determinado que a defesa dele apresentasse informações sobre uma possível saída dele do país. Ele é réu em processo na Corte por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

 

Em vídeo enviado à Massa FM de Cascavel, no Paraná, Leo Índio, que é primo dos filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), diz que está há 22 dias na Argentina. Isso indica que foi para o país logo após a denúncia contra ele ser recebida, no fim de fevereiro.

"Intimem-se os advogados regularmente constituídos por LEONARDO RODRIGUES DE JESUS para que prestem esclarecimentos, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, sobre as notícias de que o réu teria se evadido do país", diz Moraes no despacho publicado nesta quinta-feira.

Nesta quinta, a Primeira Turma do Supremo formou maioria de votos para manter a decisão do colegiado o tornou réu por participar do 8 de janeiro.

A PGR acusou Leo Índio de cinco crimes: golpe de estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Em resposta à denúncia apresentada no processo, a defesa de Leo Índio afirmou que ele "não participou de qualquer ato de invasão ou depredação de patrimônio público, estando presente apenas em uma manifestação pacífica, a qual evoluiu para um tumulto inesperado".

Na denúncia, a PGR afirma que Leo Índio "registrou e divulgou na internet imagens em frente ao Congresso Nacional, no momento em que participava dos atos de invasão e depredação às sedes dos Três Poderes".

Além disso, afirma que ele "também esteve envolvido em outras atividades de cunho antidemocrático, dentre elas as manifestações ocorridas em acampamentos erguidos após as eleições presidenciais de 2022, em frente a unidades militares".

Leo Indio é sobrinho de Rogéria Nantes, ex-esposa de Bolsonaro e mãe dos três filhos mais velhos do ex-presidente: Flávio, Carlos e Eduardo.

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