Lewandowski afirma que seu sucessor no STF precisa ser "corajoso" para enfrentar "pressões"
Prestes a deixar a Corte, ministro afirmou que decisão sobre quem vai ocupar sua cadeira é "exclusiva" de Lula e que "nem ousaria" sugerir nome
O ministro Ricardo Lewandowski, que anunciou nesta quinta-feira (30) sua aposentadoria do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o seu sucessor precisa ser "corajoso" para enfrentar as "pressões" que um membro da Corte recebe.
— Além dos requisitos constitucionais, (que) são reputação ilibada, notável saber jurídico, idade de 35 anos, eu penso que o meu sucessor deverá ser fiel à Constituição, fidelíssimo à Constituição, aos direitos e garantias fundamentais nas suas várias gerações. Mas precisa ser, antes de mais nada, corajoso, enfrentar as enormes pressões que um ministro do Supremo Tribunal Federal tem enfrentar no seu cotidiano.
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Lewandowski disse, no entanto, que a decisão é "exclusiva" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que "nem ousaria" sugerir um nome. Nos bastidores, no entanto, o ministro defende Manoel Caetano, que foi secretário-geral do STF durante sua gestão na presidência da Corte.
— Essa é uma decisão, a respeito do meu sucessor, que é exclusiva do presidente da República e eu nem ousaria fazer alguma sugestão nesse sentido.
O favorito para ser indicado, até o momento, é Cristiano Zanin, que é advogado de Lula. Questionado sobre ele, Lewandowski disse apenas que "todos os nomes" cogitados são bons.
— Todos os nomes que estão aparecendo como candidatos são nomes de pessoas com reputação ilibada, com a trajetória jurídica impecável. O Supremo Tribunal Federal estará muito bem servido, e a sociedade brasileira (também), com qualquer dos nomes que tem parecido com frequência na mídia.