Câmara do Rio

Licenciado, Carlos Bolsonaro não reassume para votar em sessão sobre mandato de Gabriel Monteiro

Chefe de gabinete diz que Carlos Bolsonaro não tinha se posicionado ainda sobre como votaria

Carlos Bolsonaro Carlos Bolsonaro  - Foto: Renan Olaz/CMRJ

Afastado da Câmara dos Vereadores desde 2 de agosto para cuidar das mídias sociais do pai, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que é candidato à reeleição, Carlos Bolsonaro (Republicanos) não vai interromper a licença para participar da sessão que vai definir nesta quinta-feira (18) se Gabriel Monteiro (PL) perderá ou não o mandato.

E mesmo se estivesse presente, não haveria garantia que ele votasse a favor de Gabriel, como se comenta nos corredores do Palácio Pedro Ernesto, porque o vereador não tinha se informado ainda em detalhes sobre o relatório do Conselho de Ética, que concluiu por propor a cassação do mandato do vereador e youtuber por quebra de decoro parlamentar.

— Carlos nunca foi próximo de Gabriel Monteiro. São até de partidos diferentes. Ele está em Brasília concentrado na campanha do pai. Se estivesse no Rio de Janeiro, iria se informar sobre o relatório para decidir. Foi o que ele fez, por exemplo, no caso da cassação de Jairinho. Ele se informou e votou pela perda de mandato — contou o chefe de Gabinete de Carlos Bolsonaro, Jorge Luiz Fernandes.

A especulação sobre Carlos Bolsonaro ocorreu devido a afinidade ideológica do filho do presidente com Gabriel Monteiro. Um dos argumentos é que ele jamais votaria em um relatório produzido por Chico Alencar (PSOL), de um partido cuja linha ideológica é oposta. As ideologias opostas, por exemplo, têm sido o argumento que o vereador Chagas Bola (União Brasil) usa em plenário para argumentar em favor de salvar o mandato de Gabriel:

— Desde que as sessões deixaram de ser virtuais, Carlos tem frequentado o plenário. E vem tendo uma relação mais cordial com os colegas. Ele e o Chico inclusive já se abraçaram em plenário — contou o chefe de gabinete.

Em tese, segundo o procurador da Câmara do Rio, José Carlos Minc, o vereador poderia até aparecer no plenário hoje se desejasse. A presença ou não do vereador na votação, no entanto, em nada afetaria o quórum necessário para cassar ou manter o mandato de Gabriel Monteiro. Isso porque são necessários que dois terços (34 dos 51 vereadores) votem pela cassação.

 

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