Atos golpistas

Líder do governo tenta impedir CPMI do 8 de janeiro e adiar sessão do Congresso

Governo quer tempo para poder retirar assinaturas e impedir instalação da CPMI

Randolfe RodriguesRandolfe Rodrigues - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou nesta segunda-feira (17) que vai tentar adiar a sessão do Congresso prevista para esta terça (18). O apelo acontece ao mesmo tempo que a oposição tenta instalar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os atos golpistas do dia 8 de janeiro.

– Essa é uma CPMI para impedir que as investigações que já estão existindo aconteçam, é para turbar as investigações que já estão existindo. A posição do governo é contrária à instalação dessa comissão. O governo vai trabalhar amanhã para convencer colegas parlamentares a retirarem assinaturas – declarou o senador governista.

Randolfe e líderes partidários da Câmara e do Senado participaram de uma reunião nesta segunda -feira para debater a pauta da sessão do Congresso. Há acordo para que 11 vetos sejam mantidos e um, que trata sobre o ensino para jovens do campo, seja derrubado.

O líder do governo afirmou que vai fazer um apelo ao presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no início da sessão para que ela seja adiada.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua base no Congresso é contra instalar uma CPMI sobre o caso. Avaliação dos governistas é que o instrumento serviria para "dar palco" para a oposição e desagregaria o Congresso em um momento que o governo ainda constrói a sua base.

A comissão é de autoria do deputado André Fernandes (PL-CE) e tem o número necessário de assinaturas para ser instalada. Seu funcionamento, contudo, depende de uma sessão do Congresso, algo ainda não feito neste ano. A base do governo tenta desidratar o apoio à comissão e age para que deputados retirem as assinaturas.

De acordo com Randolfe, os parlamentares deveriam adiar em uma semana a sessão do Congresso. O senador quer esperar um projeto de recomposição orçamentária para garantir o piso salarial da enfermagem.

– Temos um segundo problema também. Ainda não foi encaminhado para cá o PLN da enfermagem. É uma pergunta que temos que fazer aos parlamentares, ao Congresso Nacional, se irá fazer uma sessão do Congresso Nacional sem apreciar o PLN da enfermagem para garantir um direito histórico dos trabalhadores – disse.

–Em uma semana não temos nenhum óbice na leitura do requerimento da CPMI. Só iremos rogar isso a oposição, que faça a sessão para ler e aprovar o PLN a margem orçamentária para que os trabalhadores da enfermagem do Brasil tenham o piso salarial – completou.

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