Líder do PT vê ida de Eduardo para os Estados Unidos como vitória em embate por comissão da Câmara
Lindbergh Farias diz que deputado do PL temia ter o passaporte apreendido
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), comemorou a decisão do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de se licenciar do cargo para permanecer nos Estados Unidos.
O PT vinha se opondo à articulação para que Eduardo Bolsonaro assumisse a presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
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— A gente estava numa batalha muito grande para que ele não representasse institucionalmente o Parlamento brasileiro. Porque, para mim, ele iria usar a comissão para atentar contra os interesses nacionais, contra o Poder Judiciário independente que a gente tem. Então eu considero uma vitória muito importante — disse.
Lindbergh classificou ainda a decisão do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro como “uma fuga” e disse que ele temia ter o passaporte apreendido.
Em fevereiro, o líder petista e o colega Rogério Correia (PT-MG) haviam pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a apreensão do documento em uma notícia-crime em que alegavam que ele teria atuado contra a soberania do Brasil e para atrapalhar as investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.
— Ele teve medo de ter o passaporte apreendido. E tendo o passaporte apreendido, parar de fazer esse trabalho de articulação que tem feito lá fora. Ele é um elemento que está tentando intrigar o tempo inteiro o governo americano com o governo brasileiro.
O líder do PT afirmou que entrou também com pedido de medidas cautelares contra Jair Bolsonaro no STF.
— Acho, essa é uma opinião, que ele (Jair Bolsonaro) tem dado todos os indícios que pode estar preparando um plano de fuga, porque a campanha que eles estão fazendo no exterior é uma campanha que não reconhece a legitimidade das instituições brasileiras, do Supremo Tribunal Federal.