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BRASIL

Líder do União Brasil indica que partido quer Ministério do Turismo "completo"

Elmar Nascimento afirma que "tempo" sobre negociação é do presidente Lula e que não botará "faca no pescoço"

Deputado Elmar Nascimento (União Brasil) Deputado Elmar Nascimento (União Brasil)  - Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados

O líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento (BA), indicou nesta terça-feira (13) que o partido irá pleitear toda a estrutura do Ministério do Turismo, hoje ocupada também por partidos de esquerda.

Após reunião com a bancada, o parlamentar ressaltou, porém, que o "tempo" para a troca é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde a semana passada, o governo intensificou o debate sobre a troca de Daniela Carneiro, que pediu desfiliação do União, pelo deputado Celso Sabino (União-PA).

Pela manhã, Daniela ganhou sobrevida ao ser mantida por Lula. Após conversa no Palácio do Planalto, afirmou que continuará à frente da pasta. Ao falar com a imprensa, Elmar Nascimento indicou que a ascensão de Sabino implicaria numa participação maior, com participação em órgãos como a Embratur, hoje chefiada por Marcelo Freixo. Freixo pediu para sair do PSOL e se filiou ao PT no início de maio.

— Eu preciso entender como é o funcionamento do ministério, o que cabe, e a gente discutir com o governo. No início, quando fiz a interlocução com o presidente sobre isso (durante a transição), a perspectiva era que a indicação fosse da senadora Professora Dorinha (União-TO). Era ministério completo, com todas posições, até porque é um ministério pequeno — disse Elmar.

O parlamentar também afirmou que o seu partido não colocará "uma faca" no pescoço de Lula.
 

— Quem tem legitimidade para nomear ministro, escolher ministro, demitir ministro, é o presidente Lula. Quando e se ele achar que deve, ele vai nos chamar. Há entre nós e o governo uma concordância: de que a forma que foi conduzida (a negociação para ministérios) no início do mandato não foi a mais adequada, porque não houve a legitimação da bancada.

Segundo ele, "nunca houve" a expectativa de que haveria troca do ministério nesta terça-feira.

— A gente não vai indicar o que não foi pedido. Primeiro eles têm que decidir se vão tirá-la ou não. Quem pede desfiliação do partido (como Daniela) pode ser ministro, mas na cota do presidente.

O líder também reconheceu que, caso haja a mudança, não poderá pedir apoio de todos os parlamentares em pautas do governo. Mas lembrou que conseguiu 54 votos para aprovar o arcabouço fiscal.

— Eu não vou obrigar ninguém a se suicidar. Eu não vou pedir ao Kim (Kataguiri), Rosângela Moro, Felipe Francischini, Mendonça Filho, que apoiem pautas do governo e do PT — disse ele, referindo-se aos deputados que são declaradamente de oposição.

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