Caso Marielle

Ligação com os Brazão e liderança de milícia: saiba quem são major Ronald e Peixe

A dupla é acusada de envolvimento nos assassinatos da vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes, em 2018

Um dos presos é o major PM Ronald Paulo Alves PereiraUm dos presos é o major PM Ronald Paulo Alves Pereira - Foto: X/Reprodução

Presos pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (9), acusados de envolvimento nas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, Robson Calixto da Fonseca, conhecido como Peixe, e o policial militar Ronald Paulo Alves Pereira, o major Ronald, têm seus nomes ligados às milícias da Zona Oeste do Rio. Enquanto Peixe figura como quem arrecadava valores no bairro da Taquara, Ronald foi apontado como "empreiteiro de construções irregulares" em Rio das Pedras.

Robson Calixto da Fonseca (Peixe)
O relatório da PF que determinou as prisões dos irmãos Brazão e do delegado Rivaldo Barbosa cita que Peixe "figura como miliciano em algumas notícias de fato encaminhadas pelo Disque-Denúncia". Seria ele quem recolhia os lucros do grupo paramilitar na região da Taquara, relatos que o ligavam, de acordo com o documento, a Chiquinho e Domingos Brazão.

Peixe é citado ainda como quem intermediou a encomenda do assassinato de Marielle a Ronnie Lessa.

Ronald Paulo Alves Pereira (major Ronald)
Já o major Ronald aparece como a pessoa que informou que Marielle estaria na Casa das Pretas em 14 de março de 2018, data em que foi assassinada no bairro do Estácio, na região central do Rio. Ele teria ligado para Edmilson da Silva de Oliveira, conhecido como Macalé, ao meio-dia daquele dia, e seria responsável por levantar informações da rotina da parlamentar.

Preso pela Operação Intocáveis, em 2019, ele foi apontado, na ocasião, na logística do grupo de matadores Escritório do Crime, para que as mortes ocorressem sem vestígios. Segundo Ronnie Lessa disse à PF, major Ronald era "empreiteiro de construções irregulares" em Rio das Pedras.

Consequência da Operação intocáveis, em outubro de 2021, Ronald foi condenado por integrar organização criminosa nas comunidades de Rio das Pedras e Muzema. Considerado como um dos líderes do grupo, foi condenado a 17 anos e seis meses de prisão

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