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Política

Lira defende 'saída negociada' para crise entre Poderes

Presidente da Câmara também afirmou que é preciso 'trazer moderação e equilíbrio para que o Brasil não sofra com mais problemas'

Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PL-AL)Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PL-AL) - Foto: Divulgação

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta terça-feira (3) que os chefes dos Poderes vão encontrar "uma saída negociada" para aliviar o que chamou de momento de tensão que envolve o período pré-eleitoral. Segundo ele, é preciso trazer moderação e equilíbrio para que o Brasil não sofra com mais problemas do que os que já se apresentam em decorrência da pandemia da Covid-19.

Lira afirmou, ainda, que tem mantido diálogo constante com os presidentes da República, Jair Bolsonaro, do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.

"Tenho conversado muito de perto com o presidente (Rodrigo) Pacheco, com o presidente (Luiz) Fux, com o presidente (Jair) Bolsonaro... E nós vamos encontrar, não tenho dúvida, uma saída negociada para aliviar o momento de pressão, de tensão, quase que de um período pré-eleitoral", disse Lira, em conversa com jornalistas.

Lira não participou da reunião que ocorreu hoje entre Pacheco e Fux. Ele alegou questões de agenda para justificar sua ausência.

"Ainda não conversei com Pacheco e Fux após a reunião, mas tenho uma clara ideia de que os assuntos devem ter sido exatamente isso, apaziguar os ânimos, acalmar, porque as discussões são sempre as mesmas", declarou.

E acrescentou:

"Em um período como agora temos que trazer transparência, moderação e equilíbrio para que o Brasil não sofra com mais problemas do que os que já se apresentam ainda do final da pandemia e da guerra em atividade entre Rússia e Ucrânia", disse.

Depois do encontro com Fux, Pacheco disse que "anomalias graves", como declarações sobre fechamento do Supremo, precisam ser combatidas e contestadas "a cada instante":

"O que nós não podemos é permitir que o acirramento eleitoral — que é natural do processo eleitoral e das eleições — possa descambar para aquilo que eu reputei como anomalias graves e se permitir falar sobre intervenção militar, sobre atos institucionais, sobre frustração de eleições, sobre fechamento do Supremo Tribunal Federal. Essas são anomalias graves que precisam ser contidas, rebatidas com a mesma proporção a cada instante porque todos nós, todas as instituições, têm obrigações com a democracia, com o estado de direito, com a Constituição", afirmou.

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