Lira evita opinar sobre mudança no Turismo, mas diz que Sabino traria "mais apoio partidário"
Presidente da Câmara afirmou ainda que Lula não deixar claro se será candidato à reeleição em 2026 pode atrapalhar articulação do governo
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), evitou tomar partido sobre a possível indicação de seu aliado Celso Sabino (União-PA) ao Ministério do Turismo no lugar de Daniela Carneiro (União-RJ).
Porém, reconheceu que a nomeação de Sabino poderia melhorar a relação do governo Lula com o União Brasil. Apesar de integrar a base governista, o partido não vem entregando os votos esperados em projetos de interesse do Palácio do Planalto.
Em entrevista à GloboNews na noite desta segunda-feira, Lira afirmou que é próximo dos dois parlamentares. Ele disse que pessoalmente ambos o "atenderiam muito bem”, mas que não teria influência direta sobre a indicação.
— A pasta do Turismo é uma questão interna do União Brasil. A Daniela e o Celso são dois amigos de primeira hora na Câmara. Daniela é uma mulher que está no cargo, votou no Lula e bancou a campanha dele no Rio, isso tem que ser levado em conta. Já o Celso pode trazer mais apoio partidário (para o governo) — afirmou Lira.
Ao comentar sobre os problemas de articulação política do governo, o presidente da Câmara apontou que um dos motivos para essa dificuldade pode ser o fato de que Lula ainda não deixou claro seus planos para as eleições 2026.
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— O fato de o presidente Lula não ter explicitado até hoje se será candidato à reeleição ou não gera muitos candidatos dentro do PT. Isso não ajuda na administração do governo. Porque há uma aparente dificuldade de relacionamento dentro do governo entre A, B, C e D — disse o deputado sem nomear a quem estava se referindo.
Ele comentou ainda sobre a sugestão que teria feito a Lula para que Fernando Haddad fosse para a Casa Civil no lugar de Rui Costa. Lira disse que no último encontro que teve com o presidente, durante um café da manhã, apenas teria indagado o presidente sobre a possibilidade.
— Eu fiz essa pergunta, e o presidente de imediato disse "não". A partir daí a conversa sobre ministérios cessou — contou Lira.