Saúde

Governo Lula anuncia nova versão do programa Mais Médicos

São 15 mil novas vagas em 2023, com preferência na seleção a médicos brasileiros formados no país

Presidente LulaPresidente Lula - Foto: Evaristo Sá/AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vai anunciar, em instantes, no Palácio do Planalto, em Brasília, o programa  Mais Médicos para o Brasil, nova versão do Mais Médicos, lançado em 2013, no governo Dilma Rousseff (PT) e que foi desmontado por Jair Bolsonaro, em 2019 (PL). Acompanhe em tempo real a cobertura da cerimônia pelo Portal Folha de Pernambuco..

O programa tem como prioridade levar médicos a regiões onde há escassez ou ausência desses profissionais e investir na qualificação e formação deles, buscando, assim, resolver a questão emergencial do atendimento básico. São 15 mil novas vagas em 2023, com preferência na seleção para médicos brasileiros formados no país. O investimento é de R$ 712 milhões.

A presidente da Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade (SBMFC), Zeliete Linhares, foi a primeira a falar. A medida ressaltou a importância da atenão primária na saúde e usou a própria história dela para ilustrar isso. 

O presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde, Wilames Freire Bezerra, disse que disse o lançamento do programa é para ele uma honra. "Tivemos a honra de ter um Brasil que deu aos 5.570 municipios condiçoes de construir suas políticas e temos obrigação de levar a população profissionais médicos".

O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Ferando Pigato, afirmou que a justiça está sendo feito com a volta do programa. "Nós tivemos um golpe e vimos um projeto de morte implementado nos últimos anos. Não esqueceremos", disse. "A democracia venceu e voltamos a ser felizes. Viva a vida, viva o povo brasileiro, viva o SUS", finalizou.

O ministro da Educação, Camilo Santana, em seu discurso, quebrou o protocola, fazendo sua primeira saudação aos profissionais de saúde do SUS,"que foram guerreiros na pandemia e ajudam a salvar homens e mulhers no país".

Segundo o ministro, o governo já tem conseguido reduzir as filas nos hospitais públicos com o repasse de verbas para os estados, retomou as campanhas de vacinação e agora lança o programa Mais Médico do Brasil, considerado por ele de grande importância. "Essa é uma demonstração claro do forlacimento do SUS neste país", pontuou.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que o programa retorna mais forte. A ministra ressaltou a importância do programa em levar médicos para as populações mais vulneráveis.

O programa, segundo a ministra, reduziu a mortalidade infantil, o número de internações e melhorou a qualidade de vida dos mais vulneráveis. A ministra explicou os detalhes do programa tanto para os benefiários quanto para os profissionais contratados.

O presidente Lula foi o último a falar. O petista disse que nesses 80 dias de govenro não tem feito outra coisa que não fosse recuperar o que foi feito de bom e foi destruído. "Como voltar a sua casa depois de um terremoto", comparou. "Nossa tarefa, em vez de falar mal de quem destruiu, e preparar o país para o próximo período", acrescentou.

"A maioria dos pessoas neste país ainda morrem sem conseguir ser atendido por um especialista", lembrou Lula. O presidente lembrou a dificuldade dos prefeitos de lugares distantes em conseguir contratrar profissionais. Lembrou também a importância do programa quando foi lançado, mesmo sofrendo críticas, inclusive de médicos brasileiros.

Lula fez questão de ressaltar a prioridade aos médicos brasileiros na contratação para o programa, mas se tiver sobrar vagas, essas serão ocupadas também por estrangeiros. "Não quero saber da nacionalidade dos médicos, quero saber da nacionalidade dos pacientes, que são brasileiros", disse. 

Lula lembrou também a hostilização que os médicos cubanos que trabalhavam no programa sofreram durante o governo Bolsonaro. Segundo o petista, quem foi atendido pelos cubanos sabe o bom trabalho que eles fizeram no país.

O presidente também listou uma série de deslizes cometidos por Bolsonaro, como, por exemplo, a incineração de remédios para doenças raras, que custaram mais de R$ 13 milhões aos cofres da União. 

"Temos que tirar esse país da miséria que ele se encontra. Faço check up todos os anos, e 99%  da populaão não tem acesso às máquinas que eu tenho, nem a um leito para deitar e ser consultado. A saúde não pode ser privilégio de quem pode pagar por ela", afirmou.

Lula finalizou prometendo que quando completar cem dias de governo "estará na prateleira todas as políticas públicas que foram prometidas". "Nós haveremos de construir um novo Brasil, e com um povo mais saudável", prometeu.

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