Lula anuncia novos ministros; Luciana Santos e Alckmin são confirmados. Veja lista completa
A pernambucana Luciana Santos (PCdoB) ficará com o Ministério da Ciência e Tecnologia
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta quinta-feira (22), uma lista de novos ministros, como havia prometido.
Veja a lista abaixo:
Relações Institucionais – Alexandre Padilha (médico, deputado federal, já foi ministro da Saúde e ministro dessa mesma pasta no meu governo.);
Secretaria Geral da Presidência da República – Márcio Macedo (biólogo, deputado federal, coordenador das Caravanas em 2017 e 2018 e vice-presidente do PT);
Advocacia-Geral da União – Jorge Messias (procurador da Fazenda Nacional);
Saúde – Nísia Trindade (socióloga, professora, servidora da Fiocruz desde 1987 e presidente da Fiocruz desde 2017);
Educação - Camilo Santana (senador e foi duas vezes governador do Ceará, com votações consagradoras)
Gestão – Esther Dweck (economista, professora da UFRJ, trabalhou no ministério do Planejamento);
Portos e Aeroportos – Márcio França (Político e advogado, foi vereador, duas vezes eleito prefeito de São Vicente, deputado federal vice-governador e governador de São Paulo);
Tecnologia – Luciana Santos (deputada Federal entre 2010 e 2018, atualmente governadora de Pernambuco e presidente do PCdoB);
Mulher – Aparecida Gonçalves (consultora de políticas públicas contra a violência de gênero, tendo ocupado a secretaria nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres nos governos Lula e Dilma e participou da equipe de transição);
Desenvolvimento Social – Wellington Dias (foi vereador, deputado estadual, federal, foi eleito 2 vezes senador e 4 vezes governador do Piauí);
Cultura – Margareth Menezes (cantora, compositora, atriz e produtora com décadas de experiência. Com mais de 30 anos de carreira);
Trabalho – Luiz Marinho (ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, foi prefeito de São Bernardo do Campo e ministro da Previdência e do trabalho no meu governo);
Igualdade Racial – Anielle Franco (jornalista, professora e ativista, diretora do Instituto Marielle Franco)
Direitos Humanos – Sílvio Almeida (advogado e escritor, Bacharel em Direito pelo Mackenzie e Doutor pela Universidade de São Paulo, além de professor visitante na Universidade de Duke);
Indústria e Comércio - Geraldo Alckmin (vice-presidente eleito, governador de São Paulo quatro vezes, deputado federal e prefeito. Foi o coordenador da equipe de transição);
Controladoria-Geral da União - Vinícius Carvalho (advogado e ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica Desenvolvimento).
Ao anunciar um pacote de 16 ministros de seu futuro governo, Lula nomeou seis mulheres e três ativistas do movimento negro. Desde que havia indicado, ainda em novembro, a primeira leva, formada por cinco homens, o petista vinha sendo cobrado por aliados e por apoiadores por observar representatividade na formação da Esplanada. Até aqui, as mulheres representam 28,5% dos futuros ministros.
Outras mulheres estão cotadas para integrarem o primeiro escalão. Entre elas, a senadora Simone Tebet (MDB), que apoiou Lula no segundo turno, não ficará com o Desenvolvimento Social, como preferia; a ex-ministra Marina Silva (Rede), cotada para o Meio Ambiente ou para a autoridade climática; e a ex-jogadora de vôlei Ana Moser, para a pasta de Esportes.
Além delas, foram incluídos na futura gestão três representantes do movimento negro: o advogado e filósofo Silvio Almeida, para Direitos Humanos, além de Anielle Franco e Margareth Menezes.
Ao anunciar o primeiro pacote, Lula reconheceu estar sendo cobrado e pediu paciência aos apoiadores, afirmando que a representatividade era uma de suas preocupações ao montar o quebra-cabeça da equipe. Lula, ao anunciar o ex-governador Wellington Dias, que tem origem indígena, para o Desenvolvimento Social, o denominou como "nosso melhor índio".
Desde a campanha eleitoral, Lula vem afirmando que criará o Ministério dos Povos Originários, para representar os indígenas no primeiro escalão. A líder da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APib), Sônia Guajajara, filiada ao PSOL, a líder indígena Joenia Wapichana e o procurador jurídico da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari, Eliésio Marubo, são os cotados para a nova pasta.
Os novos anunciados se juntam a outros seis já confirmados: Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e José Múcio Monteiro (Defesa).
Depois de anunciar a nova leva de ministros, o presidente eleito acrescentou que os nomes restantes serão anunciados na próxima segunda ou terça-feira.
O futuro governo terá um total de 37 ministérios. Mais cedo, Lula havia dito que o grande desafio do governo dele será aumentar o número de ministérios sem aumentar os gastos.
“A partir do dia 1º de janeiro vamos ao trabalho. Não haverá tempo para descanso nesses quatro anos”, revelou Lula. Segundo o presidente eleito, a prioridade é cuidar do povo mais pobre, trabalhador e necessitado.