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Ministério dos Esportes

Lula chama Ana Moser para reunião em meio a negociações sobre entregar Ministério dos Esportes

Presidente terá conversas com os ministros que poderão ser afetados com as mudanças no governo

Ana Moser, Ministra dos EsportesAna Moser, Ministra dos Esportes - Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou nesta terça-feira que cerca de 6 bilhões de toneladas de areia marinha e outros sedimentos são extraídos dos oceanos todos os anos, alertando sobre as graves consequências da atividade para a biodiversidade e os recursos pesqueiros.

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Esta é a primeira vez que o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) consegue coletar dados desse tipo por meio de Inteligência Artificial (IA). Os especialistas utilizaram o sistema de identificação automática (AIS) das embarcações — que permite sua localização — e depois programaram a IA para distinguir as embarcações que extraem areia por meio de seu deslocamento.

O diretor do centro de análise de dados do Pnuma, Pascal Peduzzi, disse à AFP que os sinais emitidos permitem "o acesso aos deslocamentos de todas os navios do planeta" e que, depois, os dados são desmembrados pela IA.

A análise ainda está em fase inicial, e apenas 50% das embarcações são rastreadas. Mas a ONU estima que entre 4 bilhões e 8 bilhões de toneladas de areia marinha e outros sedimentos foram extraídos nos mares e oceanos a cada ano entre 2012 e 2019.

— Isso representa uma média de 6 bilhões de toneladas por ano, o que equivale a mais de 1 milhão de caminhões por dia — explicou Peduzzi.

Os navios extratores são como "aspiradores" que "destroem o fundo do mar" e o "esterilizam", fazendo desaparecer os microrganismos oceânicos e colocando em perigo a biodiversidade e os recursos pesqueiros, observa o especialista.

A ONU espera publicar os números do período 2020-2023 ainda este ano. Mas os dados já mostram que essa atividade não para de crescer e "começa a tomar proporções gigantescas", acrescenta Peduzzi, lembrando que os rios transportam entre 10 bilhões e 16 bilhões de toneladas de sedimentos para os mares e oceanos todos os anos.

Além da publicação dos dados, a ONU espera dialogar com as empresas do setor para que sejam mais respeitosas com o meio ambiente, melhorando suas práticas de extração. Segundo a organização, as práticas internacionais e os marcos regulamentares variam consideravelmente.

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Alguns países — incluindo Indonésia, Tailândia, Malásia, Vietnã e Camboja — proibiram a exportação de areia marinha nos últimos 20 anos, enquanto outros não têm legislação ou programas eficazes de monitoramento.

O Pnuma insta a comunidade internacional a estabelecer regulamentações internacionais para, entre outros pontos, melhorar as técnicas de dragagem. Também recomenda a proibição da extração de areia das praias devido à sua importância para o litoral, o meio ambiente e a economia.

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