Lula critica decisões da ONU e diz que países estão "brincando com planeta"
Presdiente afirmou que tratou do assunto durante reunião com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o modelo atual do Conselho de Segurança da ONU e reiterou o compromisso de discutir a reforma dos modelos de governança global durante a presidência do Brasil no G20, que teve início da última sexta-feira.
Lula afirmou que tratou do assunto durante reunião com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, a quem reforçou o compromisso do Brasil com as pautas do combate à fome, à desigualdade e as mudanças do clima, além da governança global.
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A Alemanha é o primeiro país membro do G20 a ser visitado por Lula desde que o Brasil assumiu a presidência rotativa do grupo.
— Queria dizer que além da questão da fome, os conflitos que estão vendo na Rússia e na Ucrânia, entre Israel e Faixa de Gaza, não é nada mais nada menos do que a irracionalidade do ser humano. E tudo isso acontece porque a ONU não está cumprindo com o papel histórico para qual ela foi criada — afirmou o presidente após o encontro.
Lula voltou a criticar o poder de veto dos países e afirmou que as decisões estabelecidas pelo Conselho de Segurança não são respeitadas ou são vetadas caso e que propostas são vetadas caso desagradem um dos países membros.
— A ONU tem um Conselho de Segurança que fazem parte cinco países, EUA, Rússia, China, França e Reino Unido, e esse países deveria zelar para manter a paz no mundo. Entretanto, são esses países os que mais produzem e vende arma e fazem guerra sem passar pela decisão do Conselho de Segurança, e quando alguma decisão importante passa que não interessa eles têm o direito de veto.
Em seguida, Lula ressaltou que vai discutir os modelos atuais de governança global durante a presidência do Brasil no G20 para ter "certeza" que as decisões serão colocadas em prática.
— Por isso, nós vamos discutir no G20 a necessidade e importância de rediscutir a governança global apra tomar decisão, sobretudo na questão ambiental, e a gente ter certeza que as decisões serão colocadas em prática.