Lula defende fim da paridade da gasolina com dólar
Outros pré-candidatos já se pronunciaram sobre Petrobras
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira, que, caso seja eleito, não pretende manter o preço da gasolina pareado com o dólar, como a Petrobras faz hoje. Em uma rede social, o petista disse que a alta no preço da gasolina causa impacto em outra áreas da economia e chega ao consumidor.
"Nós não vamos manter o preço da gasolina dolarizado. É importante que o acionista receba seus dividendos quando a Petrobrás der lucro, mas eu não posso enriquecer o acionista e empobrecer a dona de casa que vai comprar um quilo de feijão e paga mais caro por causa da gasolina", afirmou Lula.
O governo de Jair Bolsonaro mantém o preço da gasolina e outros derivados do petróleo produzidos pela Petrobras atrelado ao preço praticado no exterior. Isso fez com que o preço médio da gasolina vendida nas refinarias da Petrobras tenha aumentado 68% entre janeiro e dezembro de 2021.
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O presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna já falou que que interferência política nos preços dos combustíveis pode "levar a empresa à desestruturação".
Uma alternativa para tentar frear o aumento de preços da estatal, apresentado pelo PT no Senado ano passado é criar alternativas para custear a queda do preço, como um imposto sobre exportação do petróleo.
Outros pré-candidatos já se pronunciaram sobre o tema. Ciro Gomes (PDT) também é contra a paridade com o dólar. João Doria (PSDB) já defendeu a privatização da estatal. Sergio Moro (Podemos) classificou a estatal como "atrasada" num evento nesta terça-feira e também defendeu sua privatização.