Lula diz que não abrirá mão das compras governamentais de acordo UE-Mercosul: Vamos ter uma disputa
O ponto crítico é que as empresas estrangeiras podem ser beneficiadas em detrimentos das nacionais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira que o Brasil não pode “abrir mão” das chamadas compras governamentais no acordo comercial entre os países do Mercosul e da União Europeia. Para Lula, esse trecho do acordo pode trazer desvantagens ao pequeno e médio empresário brasileiro.
Na atual redação do acordo, as empresas da União Europeia e do Mercosul poderiam participar de licitações abertas pelo setor público. Haveria condições de igualdade com as empresas locais, salvo algumas exceções para compras de insumos na área de saúde pública, por exemplo. O acordo, em termos gerais, busca aumentar a concorrência em licitações públicas.
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O ponto crítico é que as empresas estrangeiras podem ser beneficiadas em detrimentos das nacionais.
— Tem uma coisa que eu já disse para todo mundo, que a gente não abre mão das compras governamentais, que serão a possibilidade de desenvolver o médio e pequeno empreendedor nesse país. Então vamos ter que ter uma disputa — disse Lula, em cerimônia sobre o dia da Ciência e do Pesquisador, no Planalto.