Lula e Biden vão se reunir para tratar de precarização do trabalho
O trabalho entre os dois países começou em julho
O ministro do Trabalho Luiz Marinho adiantou em Nova York alguns detalhes sobre a iniciativa conjunta entre Brasil e EUA a ser divulgada na quarta-feira (20). Neste dia, Lula vai se reunir com Biden para tratar de assuntos relacionados a precarização do trabalho.
Em conversa com jornalistas no lobby do Lotte Palace Hotel, onde está hospedado com o resto da comitiva brasileira, Marinho ressaltou o ineditismo do posicionamento americano ao tema do trabalho. “É a primeira vez que eu saiba que a Casa Branca tem um assessor para o tema trabalho”.
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O Valor também apurou que o evento tratará de políticas para trabalhadores de aplicativos, direito de representação sindical e trabalho decente. Dirigentes sindicais de ambos os países estarão presentes.
O trabalho entre os dois países começou em julho. Para o Brasil, “é um reconhecimento importante e um reposicionamento do país como liderança global”.
O ministro também opinou a respeito da greve da UAW iniciada recentemente nos Estados Unidos. “Não é só a greve, mas o fato dela ser simultânea nas 3 grandes montadoras. Era sempre em uma, ou na outra e tentava expandir para as outras.”
Como consequência da greve que atinge simultaneamente as principais fábricas de veículos nos Estados Unidos, a Ford colocou 600 trabalhadores em suspensão de contrato temporariamente, enquanto a General Motors disse para 2 mil trabalhadores de uma fábrica de automóveis no Kansas que a instalação provavelmente será fechada na próxima semana por falta de peças. Já a Stellantis anunciou neste sábado, dia 16, um aumento de sua proposta de reajuste salarial.
O ministro faz parte da comitiva do governo Lula para a Assembleia Geral da ONU, que acontece na próxima terça-feira.