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JOIAS MILIONÁRIAS

Lula e Janja terão encontro com príncipe saudita que presentou Bolsonaro com joias milionárias

Príncipe fará homenagem ao casal presidencial em encontro nesta sexta-feira; em 2021, Mohammed bin Salman al Saud presenteou ex-presidente com três estojos de joias

Presidente Lula ao lado de Janja, a primeira-damaPresidente Lula ao lado de Janja, a primeira-dama - Foto: Nelson Almeida/AFP

A agenda oficial do presidente da República desta sexta-feira (23) revela um encontro curioso: em Paris, na França, Lula (PT) e a primeira-dama Janja se reúnem com o príncipe da Arábia Saudita Mohammed bin Salman al Saud, quem concedeu os três estojos de joia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2021. Em Paris, na França, o saudita prestará homenagem ao casal presidencial em um jantar.

Recentemente, Mohammed bin Salman al Saud ganhou notoriedade no noticiário brasileiro durante o escândalo das joias sauditas. Durante o mandato de Bolsonaro, três conjuntos de pedras preciosas avaliados em R$ 5 milhões foram concedidos como presentes diplomáticos, mas não foram declarados à Receita Federal. O caso foi revelado em março deste ano pelo jornal O Estado de S.Paulo.

O primeiro estojo, avaliado em R$ 16,5 milhões, tratava-se de um presente a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e foi apreendido ao chegar no Brasil, transportado na mochila de um dos assessores do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque.

O segundo kit, destinado ao ex-presidente, teria entrado com Albuquerque e foi adicionado ao acervo pessoal de Bolsonaro, o que contraria às normas da legislação.

O terceiro estojo foi recebido dois anos antes, em 2019. As peças teriam sido entregues em mãos para Bolsonaro. O ex-presidente, de acordo com o jornal, foi presentado durante viagem oficial a Riade, na Arábia Saudita, entre os dias 28 e 30 de outubro de 2019. Na ocasião, Bolsonaro participou de um almoço oferecido pelo rei saudita Salma Bin Abdulaziz Al Saud.

Após as reportagens, o ex-presidente devolveu os estojos ao Tribunal de Contas da União (TCU). O caso atualmente é investigado pela Polícia Federal (PF).

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