Reunião

Lula inicia série de eventos para estabelecer pontes com militares

Presidente participou de almoço com almirantes do Comando da Marinha nesta quarta-feira (15)

Reunião do presidente Lula com almirantes do Comando da MarinhaReunião do presidente Lula com almirantes do Comando da Marinha - Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu início às primeiras agendas com militares desde a crise entre o Palácio do Planalto e integrantes da caserna ocorrida entre janeiro e fevereiro. O petista almoçou nesta quarta-feira (15) com os almirantes do comando da Marinha.

No dia 23, na próxima semana, Lula visitará as obras do Programa de Submarinos (Prosub), em Itaguaí (RJ). Em seguida, no dia 27 de abril, o presidente deverá participar da cerimônia de inauguração da linha de produção dos caças Gripen na Embraer, em Gavião Peixoto (SP), um programa estratégico para a Força.

A participação de Lula nos eventos dos caças e dos submarinos foi acertada em uma reunião do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, com o presidente no começo do mês.

Os dois programas começaram nos governos petistas. O Prosub foi criado em 2008, durante a segunda gestão de Lula, a partir de uma parceria entre o Brasil e a França para a produção de quatro submarinos convencionais, além da fabricação do primeiro submarino brasileiro convencionalmente armado com propulsão nuclear.

Já o contrato para a compra dos Gripen, fabricado pela sueca Saab, foi assinado durante o governo Dilma Roussef, em 2014. O acordo consiste na compra de 36 caças para a renovação da frota da Força Aérea Brasileira (FAB).

Uma das estratégias definidas pelo governo é vencer resistência entre militares com a compra de equipamentos para as Forças Armadas. Lula e seus auxiliares têm como meta promover uma despolitização dos quarteis. É consenso no Ministério da Defesa que a maior parte dos militares torcia pela vitória do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição do ano passado.

Investigação em curso
Um grupo de integrantes da caserna é investigado por suspeita de participação na tentativa de golpe de 8 de janeiro. No fim daquele mês, Lula decidiu trocar o comandante do Exército. O general José César Arruda foi exonerado e substituído pelo também general Tomás Miguel Ribeiro Paiva. A avaliação é que Arruda não vinha cumprindo ordens do presidente.

Dentro da estratégia de quebrar resistência dos militares, Lula também foi aconselhado a começar a comparecer em algumas formaturas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. As próximas ocorrem no meio do ano. A sugestão foi feita, segundo interlocutores do presidente, tanto por Múcio como pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O presidente ainda não deu a resposta.

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