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GOVERNO LULA

Lula justifica queda de popularidade a senadores e diz que governo precisa encontrar narrativa

Segundo relatos relatos, Lula afirmou que pesquisas não podem ser tomadas como cenários imutáveis

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva junto com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) e demais senadores em encontro na Residência Oficial da Presidência do Senado, em Brasília Presidente Luiz Inácio Lula da Silva junto com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) e demais senadores em encontro na Residência Oficial da Presidência do Senado, em Brasília  - Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva buscou justificar o tombo na sua popularidade identificada pela pesquisa Genial/Quaest ao se reunir com senadores na noite desta quarta-feira, em Brasília. Em mais de duas horas de conversa, Lula fez longas ponderações sobre o momento atual do governo. Ele afirmou que há necessidade de uma comunicação mais efetiva e disse que o governo precisa encontrar uma narrativa para que a população conheça as ações de sua gestão.

O presidente alegou que o governo ainda não achou uma forma precisa de se comunicar com a população, mas garantiu que isso iria mudar.

A desaprovação ao governo do petista completou a quarta alta consecutiva e agora aparece descolada do índice de aprovação, em um nível inédito para a atual gestão.

A Quaest divulgada nesta quarta-feira mostra que são 56% os que desaprovam a administração petista, contra 41% que a avaliam positivamente. As taxas eram de 49% e 47%, respectivamente, no levantamento anterior, de janeiro.

 

No encontro na Residência Oficial da Presidência do Senado, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), líderes e outros parlamentares ouviram Lula observar que a extrema-direita encontrou uma narrativa que se aproximou de um segmento considerável da sociedade, ainda que muitas vezes usando fake news, segundo a visão do presidente.

Todos os senadores tiveram oportunidade de falar e fizeram suas considerações sobre o contexto político atual. De acordo com relatos, Lula afirmou que pesquisas não podem ser tomadas como cenários imutáveis.

O presidente convidou os senadores para o evento de balanço dos primeiros dois anos de sua gestão. Idealizado pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, a cerimônia ocorrerá na manhã desta quinta-feira no Centro de Convenções Ullysses Guimarães, em Brasília, e terá tom de "prestação de contas" com foco em áreas sensíveis para Lula, como segurança, agronegócio e empreendedorismo.

Um dos objetivos do evento é estimular que todos entendem o que está sendo feito dentro do governo, para que se crie condições de a população ser informada.

Lula disse aos senadores que nem ele sabe tudo o que o governo faz e repetiu que, se sua gestão faz entregas, a população precisa saber quais são.

Sem entrar em detalhes, Lula também revelou que prepara novas ações de governo para apresentar até junho. As iniciativas estariam em fase de preparação. Porém, demonstrou estar mais preocupado com o que já foi feito e ainda não trouxe resultados.

No momento de maior fragilidade de sua popularidade, Lula decidiu encontrar parlamentares fora do Palácio do Planalto e três dias após retornar de roteiro com senadores e deputados pelo Japão e Vietnã.

Durante essa viagem, Lula prometeu aos presidentes da Câmara, Hugo Motta (PB-Republicanos), e Alcolumbre, e além de líderes de partidos de centro que investiria em uma relação mais próxima com o Legislativo ao longo deste e do próximo ano.

Na residência do Senado, Lula foi acompanhado da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

No final da noite, Alcolumbre divulgou nota afirmando que o encontro reforça o "compromisso com o diálogo construtivo", "fundamentais para o avanço das pautas de interesse nacional":

“A presença do presidente Lula evidencia a importância de trabalharmos juntos, com respeito mútuo e cooperação, para enfrentar os desafios que o Brasil apresenta. Seguimos empenhados em construir pontes que fortaleçam nossa democracia e promovam o bem-estar de todos os brasileiros", afirmou o presidente do Senado.a

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