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Lula nomeia General Amaro como ministro do GSI

Oficialização foi publicada em edição do Diário Oficial desta quinta-feira (4)

Lula dá posse ao general Marcos Amaro como ministro do GSILula dá posse ao general Marcos Amaro como ministro do GSI - Foto: Ricardo Stuckert / Presidência da República

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou nesta quinta-feira (4) a nomeação do general Marcos Antonio Amaro dos Santos para comandar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

A nomeação foi publicada em edição desta quinta-feira do Diário Oficial da União.

O convite a Amaro foi feito por Lula durante reunião na manhã desta quarta-feira no Palácio do Planalto. De lá, o general da reserva acompanhou o presidente, junto com o ministro da Defesa, no almoço oferecido pelo Alto Comando do Exército, na sede da Força, em Brasília.

O ex- titular da pasta, o general Gonçalves Dias, deixou o cargo no dia 19 depois da divulgação das imagens das câmeras de segurança do Palácio do Planalto do dia 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. Nas gravações, GDias, como é conhecido o ex-ministro, aparece caminhando no Planalto sem apresentar resistência aos invasores, assim como os militares sob o seu comando.

Desde então, o comando do ministério vem sendo exercido de forma interina pelo jornalista Ricardo Cappelli, que agora volta para a secretaria executiva do Ministério da Justiça, posto que ocupava anteriormente .

Como o Globo mostrou, Cappelli apresentou a Lula e a Amaro um diagnóstico sobre a situação do ministério. A conclusão do levantamento sugere uma estrutura única de comando para agências de inteligência do governo e um comando centralizado para a segurança presidencial, além da criação de uma agência de segurança cibernética que se reporte diretamente a Presidência da República.

O Gabinete de Segurança Institucional tem como principal função hoje a segurança dos palácios presidenciais. No início da gestão, o GSI abrigava a Agência Brasileira de Inteligência, transferida por Lula nos primeiros meses de seu mandato para a Casa Civil.

O ministério perdeu também a atribuição de garantir a segurança do presidente, do vice, e de seus familiares. No início do governo, devido a desconfiança de Lula com militares, a segurança de Lula e Alckmin ficou subordinada à Secretaria Extraordinária de Segurança Aproximada da Presidência, sob comando da Polícia Federal e subordinada ao Gabinete Pessoal da Presidência da República.

Agora, Lula discutirá com general Amaro qual será o novo formato da sua segurança pessoal. O diagnóstico de Cappelli aponta que a segurança do presidente e do vice está fragmentada, sem uma unidade única de comando, e classifica que a proteção presidencial vem sendo feita em camadas.

Divisões no governo
A nomeação de Amaro encerra um movimento dentro do governo que defendia o afastamento de militares do comando da pasta. A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, era uma das defensoras dessa ideia. Desde que foi criado em 1938, o GSI sempre foi chefiado por militares.

A ala do governo que trabalhava para o ministério continuar em seu formato tradicional argumentava que a mudança provocaria um grande desgaste com os militares, num momento em que Lula trabalha para pacificar as relações com a caserna. Fazem parte desse grupo os ministros Rui Costa (Casa Civil) e José Múcio (Defesa).

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