Lula: para derrotar politicamente o governo é preciso "luta de rua", e não ficar na web "mentindo"
Em entrevista coletiva nesta quinta, o presidente afirmou que prefere conversar diretamente com o povo e discutir o que está acontecendo no país
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou os ataques que seu governo sofre pelas redes sociais durante entrevista coletiva, nesta quinta-feira. Segundo ele, quem quiser derrotá-lo terá que "aprender a fazer luta de rua", se referindo a conversar diretamente com os eleitores, e não apenas ficar na "internet mentindo".
— Quem quiser derrotar a política do meu governo vai ter que aprender a fazer luta de rua, porque é mais fácil na internet mentindo. Agora, é muito difícil ter coragem de ir à rua conversar com o povo e discutir com o povo as coisas que estão acontecendo no país. Esse é meu tipo de governar e fazer com que as coisas deem certo no Brasil — disse Lula.
Na mesma entrevista, Lula comentou seu estado de saúde e garantiu que está "100% recuperado" após a queda sofrida no ano passado e a cirurgia para conter um hematoma no cérebro. Ele ainda garantiu que este será o ano mais importante de seu governo e que vai começar a colher os frutos do trabalho que vai fazendo, mais uma vez destaco a importância de combater as fake news sobre sua gestão.
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— Em setembro eu bati a cabeça, e em dezembro eu tive que fazer um procedimento. Hoje eu estou aqui 100% recuperado e preparado para todas as dúvidas (dos jornalistas). Já voltei a fazer ginástica, andar, fazer musculação. Já posso fazer a viagem que eu quiser, para o país que eu quiser. Este é o ano mais importante do governo. Vamos começar a colheita depois da reconstrução — disse Lula, acrescentando. — A democracia será a grande derrotada se a gente permitir a vitória das fake news.
O Planalto apostou em uma mudança da comunicação, com a substituição do petista Paulo Pimenta pelo publicitário Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação Social (Secom), para reverter uma queda de popularidade de seu governo.
Sidônio assumiu um dia antes de o governo decidir recuar na portaria do Pix, em 14 de janeiro, com o compromisso de intensificar a atuação do governo nas redes sociais, de olho no enfrentamento ao bolsonarismo e à disseminação de fake news. Ele defende que mentiras e desinformações têm criado uma "cortina de fumaça" que impede que as ações da gestão cheguem à população brasileira, e que a gestão precisa saber se antecipar a isso.