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Cúpula

Lula pedirá mais espaço para países em desenvolvimento em Cúpula sobre Novo Pacto Financeiro Global

Presidente viajará à Itália e à França na semana que vem. Em Roma, será recebido pelo Papa Francisco

O presidente Luiz Inácio Lula da SilvaO presidente Luiz Inácio Lula da Silva - Foto: Brenno Carvalho/O Globo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrará dos países desenvolvidos um peso maior para as nações em desenvolvimento nas decisões internacionais. Em um discurso que fará na plenária final da Cúpula sobre o Novo Pacto Financeiro Global, que acontecerá nos dias 22 e 23 de junho, em Paris, ele voltará a criticar a demora na reforma do sistema financeiro mundial e defenderá que os governos valorizem mais as políticas sociais.

A cúpula terá como principais temas a reforma dos bancos multilaterais de desenvolvimento, o financiamento de tecnologias verdes, a criação de novos impostos internacionais e instrumentos de financiamento.

Segundo um interlocutor próximo ao presidente, Lula defenderá o lançamento de novas bases para uma governança global e dirá que o sistema financeiro tem de estar a serviço do trabalho, do emprego e da produção.

Essa postura de Lula foi demonstrada há cerca de um mês, durante reunião do Grupo dos 7 (G7, formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), no Japão. O presidente, que participou como convidado, defendeu reformas e criticou o protecionismo comercial dos países aplicados aos mercados em desenvolvimento.

Além da Cúpula sobre o Novo Pacto Financeiro Global, Lula terá na agenda de dois dias em Paris uma reunião bilateral com o presidente da França, Emmanuel Macron. Entre os assuntos, estão o acordo entre Mercosul e União Europeia — que tem os franceses entre os que apresentam maior residência — e o encontro de presidentes dos países amazônicos no Brasil, que deve acontecer este ano, para o qual Macron foi convidado.

Antes de ir para a França, Lula passará em Roma, a convite do Vaticano. O presidente se reunirá com o Papa Francisco e conversará sobre projetos para combater a fome no mundo e programas sociais. Os dois se conhecem desde que o Papa era cardeal, em Buenos Aires.

Lula chegará à Itália no dia 21. Ele também tem encontros previstos com o presidente italiano, Sergio Mattarella, e o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri. Não há informação na agenda sobre reunião com a primeira-ministra Giorgia Meloni, da ala ligada ligada à extrema-direita do governo.

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