Brasil e Alemanha

Lula recebe chanceler alemão, Olaf Scholz, no encerramento de seu giro pela América do Sul

Scholz chegará ao Palácio do Planalto às 15h30, onde se reunirá com Lula, sendo a primeira visita oficial de um chefe do governo alemão em oito anos

Chanceler da Alemanha, Olaf Scholz. Esta é a primeira visita oficial de um chefe de governo alemão ao Brasil em oito anosChanceler da Alemanha, Olaf Scholz. Esta é a primeira visita oficial de um chefe de governo alemão ao Brasil em oito anos - Foto: Javier Torres / AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe, nesta segunda-feira (30), o chanceler alemão, Olaf Scholz, com quem espera conversar sobre os movimentos de extrema direita no Brasil e na Alemanha, além de abordar questões comerciais e sobre o meio ambiente.

Scholz chegará ao Palácio do Planalto às 15h30, onde se reunirá com Lula após uma cerimônia de recepção.

Trata-se da primeira visita oficial de um chefe de governo alemão ao Brasil desde 2015, e do primeiro líder das potências do Ocidente a se reunir com Lula desde que ele tomou posse em 1º de janeiro.

Scholz chega ao Brasil depois de visitar Argentina e Chile, onde se reuniu com os presidentes dos dois países, Alberto Fernández e Gabriel Boric, respectivamente.

O objetivo de seu giro pela América do Sul é ampliar o comércio bilateral, o fluxo de investimentos e o financiamento de projetos nos três países.

Após o encontro bilateral, Lula e Scholz receberão empresários dos dois países.

As reuniões buscam "aprofundar a retomada das relações entre Brasil e Alemanha, com aumento do diálogo diplomático e da cooperação política, econômica e ambiental", indicou o Palácio do Planalto em um comunicado divulgado na sexta-feira.

O último compromisso de Scholz em território brasileiro será à noite - um jantar no Palácio do Itamaraty -, antes de retornar a Berlim na terça-feira.

Lula também quer conversar com Scholz sobre a extrema direita, que ele considera "um movimento internacional" e cujo enfrentamento deve ser conjunto, conforme declarou em sua primeira entrevista desde que voltou à Presidência.

Além disso, Lula e Scholz, líderes das maiores economias da América Latina e da Europa, respectivamente, abordarão o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, concluído em 2019 após 20 anos de negociações, mas sem ratificação parlamentar e com fortes críticas de ambos os lados.

Lula considera "urgente" a conclusão do acordo, mas defende que, primeiro, deve-se voltar a negociar com a Europa para que o Brasil não tenha que renunciar a seu interesse de "se reindustrializar".

Scholz, por sua vez, disse em Buenos Aires que o objetivo de Berlim é "chegar a uma conclusão rápida".

Contribuição para a Amazônia
Outro ponto da agenda é a retomada da contribuição da Alemanha ao Fundo de Conservação da Amazônia, anunciada após a vitória de Lula nas eleições.

As contribuições para o fundo tinham sido suspensas durante o governo de Jair Bolsonaro (2019-2022), quando o desmatamento bateu recordes, gerando polêmicas com líderes europeus, especialmente de França e Alemanha.

A ministra de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, Svenja Schulze, anunciou nesta segunda (30) a intenção de Berlim de destinar novos recursos à proteção da floresta amazônica, além dos 38 milhões de dólares que já foram anunciados para o Fundo Amazônia, após um reunião com a titular do Meio Ambiente, Marina Silva, em Brasília.

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