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Lula

Lula reitera que não fará ajuste que possa prejudicar pessoas mais pobres e cita banqueiros

Ao mesmo tempo, Lula frisou que gostaria que "os banqueiros" ganhem dinheiro para evitar um novo Proer

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da SilvaO presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a dizer, nesta sexta-feira, 28, que não fará um ajuste fiscal que possa prejudicar pessoas mais pobres no País. Diante de uma plateia de apoiadores em Belo Horizonte, Lula argumentou que gostaria de fazer um ajuste fiscal "na rentabilidade dos banqueiros".

"Às vezes me perguntam: Lula, não acha que estão gastando demais? Salário mínimo já aumentou duas vezes. O mínimo é o mínimo. Como posso discutir ajuste fiscal em cima do mínimo? Queria ajuste fiscal na rentabilidade dos banqueiros, que ganham dinheiro especulando todo santo dia. Não vou mexer nas pessoas mais humildes", disse.

Ao mesmo tempo, Lula frisou que gostaria que "os banqueiros" ganhem dinheiro para evitar um novo Proer (programa no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para salvar bancos em crise).

"Acho que os banqueiros têm que ganhar dinheiro, porque senão o governo é obrigado a fazer o que foi feito no governo FHC, dar R$ 20 bilhões para salvar os bancos. Quero que empresários ganhem dinheiro porque vão fazer investimento, vão contratar trabalhador, vai aumentar consumo", declarou o presidente da República.

Lula anunciou, nesta sexta, uma série de investimentos do governo federal em Minas Gerais. Participaram da cerimônia o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de vários ministros, entre eles Alexandre Silveira (Minas e Energia), Margareth Menezes (Cultura), Camilo Santana (Educação), Jader Filho (Cidades) e Renan Filho (Transportes).

O presidente disse que o governo se compromete com a reestruturação da BR-381, em Minas Gerais.

"Vamos fazer a BR-381, porque já foi tentativa de fazer leilão e deu vazio. Tem um trecho muito complicado. Mas já falei ao ministro: aquilo que o empresário não quiser fazer, que é roer o osso, o governo vai roer o osso e a gente vai fazer essa estrada", declarou.
 

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