Educação

Lula revoga política de educação especial criada por Bolsonaro

Decreto havia sido criticado por permitir escolas separadas para alunos com deficiência

Presidente Luiz Inácio Lula da SilvaPresidente Luiz Inácio Lula da Silva - Foto: Evaristo Sa / AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva revogou um decreto editado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2020 que criou a Política Nacional de Educação Especial. Na época, o texto foi criticado por especialistas por permitir o retorno de escolas apenas para alunos com deficiência. O decreto já havia sido suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A revogação faz parte de uma série de atos assinados pelo petista no domingo, primeiro dia dele no cargo, e publicados nesta segunda-feira no Diário Oficial da União (DOU). A maioria deles revoga ou redireciona políticas públicas implementadas durante a gestão de Bolsonaro.

Criada em setembro de 2020, a Política Nacional de Educação Especial previa a figura de "escolas especializadas", que seriam destinadas aos alunos que "não se beneficiam, em seu desenvolvimento, quando incluídos em escolas regulares inclusivas e que apresentam demanda por apoios múltiplos e contínuos". A preferência, no entanto, permanecia na rede regular.

Esse modelo havia sido abandonado na política federal para a área anterior, de 2008, que preconizava a matrícula em turmas regulares, com apoio complementar especializado dependendo de cada caso.

Em dezembro daquele ano, o plenário do STF suspendeu o decreto. Por nove votos a dois, prevaleceu a posição do ministro Dias Toffoli, que considerou que a política poderia fragilizar a inclusão de alunos com deficiência.

Em comunicado divulgado no domingo, sobre a revogação, o governo federal afirmou que a medida de Bolsonaro "segregava crianças, jovens e adultos com deficiência, impedindo o acesso à educação inclusiva".

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