Logo Folha de Pernambuco

Mandato

Lula terá quatro dias a mais de mandato em relação a Bolsonaro; entenda o motivo

Emenda constitucional aprovada em 2021 aumentou o período de governança dos presidentes por conta da data da posse

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) são empossados neste domingo (1º)O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) são empossados neste domingo (1º) - Foto: Carl de Souza/ AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou ao Palácio do Planalto pela terceira vez neste domingo (1º). No novo mandato, o petista terá quatro dias a mais à frente do governo do que seu rival nas urnas, o agora ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A mudança acontece por conta de uma emenda constitucional aprovada na Câmara dos Deputados e no Senado, em setembro de 2021, que alterou a data da posse presidencial. A partir de 2027, a cerimônia passará a acontecer em 5 de janeiro, e não mais no primeiro dia do ano.

O documento, publicado no dia 28 de setembro de 2021 pelo Governo Federal, alterou a parte da Constituição que prevê a data da posse presidencial no país. Desde 1988, as cerimônias passaram a acontecer em 1º de janeiro. Agora, de acordo com a lei, entra em vigor a determinação de que "o mandato do Presidente da República é de 4 (quatro) anos e terá início em 5 de janeiro do ano seguinte ao de sua eleição."

Antes da Constituição de 88, os presidentes brasileiros, assim como os governadores eleitos, só ocupavam oficialmente o cargo em 15 de março do ano seguinte à eleição. O primeiro nome a assumir o poder no dia 1º foi o sociólogo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1995. Cinco anos antes, por exemplo, Fernando Collor de Mello havia subido a rampa, ao lado de seu vice Itamar Franco, somente no terceiro mês de 1990.

A nova regra também gerou modificações para o cargo de governador. As cerimônias dos representantes dos estados, por sua vez, passarão a acontecer em 6 de janeiro, um dia após a posse presidencial.

Já deputados e senadores eleitos em outubro serão empossados em 1º de fevereiro do próximo ano, como dispõe a legislatura atual. As solenidades para empossar prefeitos e seus vices também não sofreram alterações, e permanecem previstas para o dia 1º de de janeiro.

Veja também

Indiciamento por tentativa de golpe esvazia Bolsonaro e fortalece alternativas na direita
PARTIDOS

Indiciamento por tentativa de golpe esvazia Bolsonaro e fortalece alternativas na direita

Cúpula do Exército espera que indiciamentos estanquem surgimento de fatos sobre conduta de militares
TRAMA GOLPISTA

Cúpula do Exército espera que indiciamentos por golpe estanquem novos fatos sobre conduta de militares

Newsletter