Lula vai querer saber de Biden como lidar com a extrema direita
Petista vai se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, na Casa Branca, no começo de fevereiro
Como lidar com a extrema direita, após os ataques contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no último dia 8. Este será um dos assuntos que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende conversar na reunião que terá com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Ontem, Lula chegou a postar na sua conta pessoal do Twitter: “A democracia é a única possibilidade de construirmos uma nação forte. Por isso, vou conversar com o Biden, para ver como ele está lidando” com a extrema direita”.
O presidente da República foi convidado por Biden para uma visita oficial à Casa Branca já no começo de fevereiro, depois que ofereceu a Lula o apoio dos Estados unidos, depois que bolsonaristas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Os ataques golpistas e de vandalismo praticados por seguidores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro, que Lula chama de “fascistas”, tiveram grande semelhança com os ataques ao Capitólio americano de 6 de janeiro de 2021 por apoiadores do então presidente Donald Trump, um aliado de Bolsonaro.
“Eu vou lá e vou confirmar com Biden e quero saber como ele está lidando, porque pela imprensa que eu leio, me parece que o pessoal dos republicanos está ficando mais forte, parece que o discurso radical está ficando mais forte e me parece que os democratas estão tendo um pouco de dificuldade, e vão ter eleições em dois anos”, afirmou Lula em entrevista ao canal GloboNews.
O presidente também anunciou que receberá em 30 de janeiro o chancelar alemão, Olaf Scholz, com quem conversará sobre os movimentos extremistas no país europeu.
“Quero conversar com ele sobre o que está acontecendo na Alemanha porque a extrema direita é um movimento internacional”, afirmou.
De acordo com Lula, a extrema direita existe atualmente no mundo inteiro, mas no Brasil se conseguiu derrotar Bolsonaro. "Agora, o que nós precisamos é derrotar essa narrativa fascista que tem no Brasil. Vamos ter que exigir que as forças democráticas se manifestem, não importa a que partido político a pessoa pertença, em defensa da democracia”, completou.