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Política

Macron dá maior honraria da França a Randolfe, líder da oposição a Bolsonaro

A comenda Légion d'honneur, a mais alta distinção da França e uma das condecorações mais famosas do mundo, será entregue a Randolfe no dia 6 de dezembro

o presidente francês, Emmannuel Macron,o presidente francês, Emmannuel Macron, - Foto: Darko Vojinovic / POOL / AFP

Oito dias após receber Lula (PT) no Palácio do Eliseu, em Paris, com honrarias de chefe de Estado, o presidente francês, Emmannuel Macron, marcou data para a entrega da maior honraria do país ao senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

A comenda Légion d'honneur, a mais alta distinção da França e uma das condecorações mais famosas do mundo, será entregue a Randolfe no dia 6 de dezembro. A cerimônia, tradicionalmente realizada em Paris, acontecerá na embaixada francesa em Brasília, por causa da pandemia.

O senador é o vice-presidente da CPI da Covid e um dos maiores adversários do governo de Jair Bolsonaro. Ele é o único brasileiro e o único político que será agraciado neste ano.


O governo francês afirma que a condecoração é um reconhecimento pela atuação do parlamentar no enfrentamento da Covid-19 no Brasil -Randolfe foi o vice-presidente da CPI da Covid- e por sua "defesa fervorosa" do meio ambiente e do Acordo de Paris, "como ilustra seu forte comprometimento com a luta pela preservação das reservas na Amazônia" e seu "incansável dedicação ao desenvolvimento das regiões limítrofes do Amapá e da Guiana Francesa."

Desde 1804, a honraria já foi concedida aos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, José Sarney e Juscelino Kubitschek, ao escritor Paulo Coelho, a dom Pedro 2º e ao Marechal Rondon, entre outras personalidades brasileiras.

A definição da data de cerimônia para a entrega da condecoração a Randolfe acontece na mesma semana em que Bolsonaro chamar de "provocação" o encontro entre Lula e Macron, dizendo que o petista e o mandatário francês "falam a mesma linguagem".

"O Macron sempre foi contra a gente, e ele sempre bateu na gente na questão da Amazônia. Como se ele tivesse preservado alguma, ele e seus antecessores, tivessem preservado alguma coisa na França. Parece uma provocação, sim", disse Bolsonaro, em entrevista à rádio Sociedade da Bahia, nesta manhã.

"A França não é exemplo para nós, muito menos o seu Macron. Seu Macron está muito bem acompanhado do Lula, e Lula, muito bem acompanhado do seu Macron. Eles se entendem, falam a mesma linguagem."

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