Meio Ambiente

Macron vê mudança na postura do Brasil na questão ambiental e apoiará entrada do país na OCDE

Grupo de 35 empresários brasileiros se reuniu com presidente francês

Emmanuel Macron, presidente da França: país é um dos 38 que integram a OCDE e que precisam dar consenso para confirmar o ingresso do Brasil na entidade. Emmanuel Macron, presidente da França: país é um dos 38 que integram a OCDE e que precisam dar consenso para confirmar o ingresso do Brasil na entidade.  - Foto: AFP

O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que apoiará a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), após mudança de postura do Brasil na área ambiental.

Macron se reuniu com 35 empresários brasileiros nesta quinta-feira, Palácio do Eliseu (em francês Palais de l'Élysée).

— Questionado se ele apoiaria a entrada do Brasil na OCDE, Macron disse ‘sim, apoiarei’. Ele justificou a resposta dizendo que a postura do Brasil em relação às questões ambientais mudou, o distanciamento do Brasil das grandes decisões definidas na COP mudou. Ele disse ‘isso favorece o Brasil e me permite ter uma decisão tranquila e positiva para defender o ingresso do Brasil na OCDE’ — afirmou ao Globo o ex-governador João Doria, que participou do encontro.

Foram aproximadamente duas horas de conversa entre os brasileiros e o presidente francês. Entre os presentes estavam: Fabio Faccio, da Lojas Renner; Jerome Cadier, da Latam; Mauricio Quadrado, do Banco Master; Flavio Rocha, da Riachuelo; João Galassi, da Abras supermercados; Tercio Borlenghi, do grupo Ambipar; Nelson Tanure, da Light; Sérgio Zimerman, da Petz; Fabio Barreto, da Farm; além das construtoras Savoy e Camargo Correa.

Em 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro, o Ministério das Relações Exteriores da França publicou uma nota dizendo que a entrada do Brasil na OCDE dependeria de progressos sérios, concretos e mensuráveis na luta contra o desmatamento e mudanças climáticas.

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A França é um dos 38 países que integram o grupo e que precisam dar consenso para confirmar o ingresso na entidade.

Reação do governo a incêndios e queimadas
Hoje, o Brasil enfrenta o alastramento de incêndios pelas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, lançando fumaça sobre 60% do território nacional e aumentando as áreas desmatadas.

Diante da situação, o governo disse que vai atuar para combater os incêndios e a onda de queimadas que assolam o país.

Em visita ao Amazonas, na terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o seu governo irá criar uma Autoridade Climática para enfrentar as tragédias provocadas pelas mudanças nas condições ambientais do Planeta.

A criação da nova estrutura era uma promessa de campanha assumida por Lula no momento da adesão de Marina Silva, atual ministra do Meio Ambiente, à sua candidatura em 2022.

Levantamento do Monitor do Fogo, do MapBiomas, lançado nesta quinta-feira, aponta que o mês de agosto responde por quase metade (49%) da área queimada no Brasil desde janeiro deste ano, com 5,65 milhões de hectares queimados. Essa extensão é equivalente a todo o estado da Paraíba.

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