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Ministério da Saúde

Mais Médicos e novos cursos de Medicina: as polêmicas que marcaram a primeira passagem de Padilha

Ministro ocupou o mesmo cargo durante o governo de Dilma Rousseff, entre 2011 e 2013

Alexandre Padilha comandou o Ministério da Saúde entre 2011 e 2014, no primeiro mandato de Dilma RousseffAlexandre Padilha comandou o Ministério da Saúde entre 2011 e 2014, no primeiro mandato de Dilma Rousseff - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Confirmado como o novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha teve sua primeira passagem à frente da pasta por projetos que viraram bandeira do governo, mas também por problemas. Ele comandou o ministério entre 2011 e 2014, no primeiro mandato de Dilma Rousseff.

A principal marca do período foi o lançamento do Mais Médicos, que previa a contratação de profissionais cubanos para atuar em cidades do interior do país.

O programa se tornou uma vitrine do PT e foi reembalado pela atual gestão de Lula, em um novo formato, desta vez sem estrangeiros.

A contratação dos médicos cubanos foi justamente uma das principais críticas ao programa. Médicos brasileiros e entidades representativas da classe consideraram a iniciativa uma ameaça à qualidade da medicina no país.

O governo, por outro lado, argumentava que os médicos passavam por treinamentos específicos e eram qualificados de acordo com os critérios do programa.

Houve ainda críticas quanto à remuneração dos médicos cubanos, já que uma parte considerável do seu salário ia direto para o governo daquele país. Muitos viam a situação como uma “exploração” dos cubanos e outros apontavam um reflexo de uma política diplomática de aproximação entre Brasil e Cuba.

Apesar das críticas, o programa criado por Padilha visava solucionar um problema histórico no país: a falta de médicos dispostos a ir para regiões remotas do país.

A iniciativa foi uma das primeiras a ser relançada pelo terceiro mandato de Lula, em março de 2023, e tem atualmente mais de 25 mil médicos espalhados pelo país.

Padilha também criou incentivos para a abertura de novos cursos de medicina, gerando críticas por órgãos como o CFM e a Associação Brasileira de Médicos, que questionaram a falta de controle de qualidade na formação dos profissionais.

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