INVESTIGAÇÃO

Mauro Cid chega à PF e presta novo depoimento sobre desvio de joias

Pai do militar também compareceu à PF para ser ouvido

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair BolsonaroMauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro - Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, presta depoimento na tarde desta terça-feira à Polícia Federal. O pai dele, o general Mauro Lourena Cid, também compareceu para ser ouvido. A oitiva ocorre na sede nacional da PF, em Brasília.

Cid será interrogado na condição de colaborador. Ele assinou um acordo de delação premiada com a PF em setembro de 2023, quando deixou a prisão. Desde então, o militar vem prestando informações sobre três inquéritos em curso que atingem o seu ex-chefe, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os casos se referem ao suposto desvio de joias do acervo presidencial, fraudes na carteira de vacinas e a trama de uma tentativa de golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os delegados devem perguntar a Cid sobre uma nova joia identificada pela PF que foi negociada nos Estados Unidos. O item foi descoberto durante diligências no país.

Organização criminosa
De acordo com o inquérito, a PF aponta a existência de uma organização criminosa no entorno do ex-presidente que atuou para desviar joias, relógios, esculturas e outros objetos de luxo recebidos por Bolsonaro como representante do Estado brasileiro. Ao menos quatro presentes foram dados ao presidente em missões oficiais na Arábia Saudita e Bahrein.

Entre os presentes negociados, estão relógios das marcas Rolex e Patek Philippe, para a empresa Precision Watches, no valor total de US$ 68 mil, o que corresponde na cotação da época a R$ 346.983,60. Neste caso, o ex-ajudante de ordens esteve pessoalmente em uma loja em Willow Grove para vender as peças. Uma foto do comprovante de depósito foi armazenada no celular do militar e outra imagem mostra seu pai refletido em outro objeto.

Em depoimento sobre o caso das joias, Bolsonaro decidiu ficar em silêncio diante da PF.

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