DEPOIMENTO

Mauro Cid vai à PF e tira dúvidas em tempo real de agentes que investigam esquema das joias nos EUA

Policiais embarcaram nesta quinta-feira para realizar diligências com a cooperação do FBI em Miami e Nova Iorque

Mauro CidMauro Cid - Foto: Reprodução/TV Câmara Distrital

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid tira dúvidas online nesta sexta-feira (26) de investigadores da Polícia Federal que estão nos Estados Unidos. Eles embarcaram para realizar diligências no inquérito sobre a venda de presentes recebidos pelo ex-presidente em viagens oficiais, como a coleta de depoimentos de comerciantes de lojas onde supostamente teriam sido negociadas joias.

Preso preventivamente há cerca de um mês, por supostamente quebrar regras do acordo de delação que assinou, Cid chegou à sede da PF nesta manhã. Por videoconferência, ele esclarece pontos a um agente e um delegado da corporação que estão em território norte-americano.

Com a cooperação internacional do Federal Bureau of Investigation (FBI), o Departamento Federal de Investigação, os policiais já conseguiram obter documentos, como movimentações financeiras dos investigados.

A partir de agora, para concluir o inquérito, serão realizadas as diligências em campo, em cidades como Miami (Flórida), Wilson Grove (Pensilvânia) e Nova Iorque (NY).

De acordo com as investigações, auxiliares de Bolsonaro venderam ou tentaram comercializar ao menos quatro itens, sendo dois entregues pela Arábia Saudita e dois pelo Bahrein.

No inquérito, a PF aponta a existência de uma organização criminosa no entorno do ex-presidente que atuou para desviar joias, relógios, esculturas e outros itens de luxo recebidos por ele como representante do Estado brasileiro.

Entre os presentes negociados, estão relógios das marcas Rolex e Patek Phillipe, para a empresa Precision Watches, no valor total de US$ 68 mil, o que corresponde na cotação da época a R$ 346.983,60.

Nesse caso, Cid esteve pessoalmente em uma loja em Willow Grove para vender a peça. Uma foto do comprovante de depósito foi armazenada no celular do oficial.

Em depoimento sobre a investigação, Bolsonaro optou por ficar em silêncio.

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