Metade dos latinos nos EUA não vê diferença entre democratas e republicanos, diz pesquisa
Os eleitores latinos registrados identificam-se ou inclinam-se mais para os democratas do que para os republicanos por uma margem de quase dois para um
Cerca de metade dos latino-americanos que residem nos Estados Unidos não vê muita diferença entre democratas e republicanos, mas se inclinam mais para os primeiros antes das eleições de 8 de novembro, de acordo com uma pesquisa publicada nesta quinta-feira (29).
Apesar da grande polarização e da crescente hostilidade partidária, menos da metade (45%) dos chamados hispânicos diz ver grande diferença entre os dois partidos, de acordo com uma pesquisa do Pew Research Center.
A maioria acredita que o Partido Democrata está trabalhando muito por seu voto (71%) antes dessas eleições em que um terço do Senado e toda a Câmara dos Deputados serão renovados. Um número bem menos de pessoas diz o mesmo sobre o Partido Republicano (45%).
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Os eleitores latinos registrados identificam-se ou inclinam-se mais para os democratas do que para os republicanos por uma margem de quase dois para um (64% contra 33%). Especificamente, metade (53%) diz que votaria em um candidato democrata para a Câmara dos Deputados e 28% em um republicano.
Cerca de um em cada cinco (18%) diz que votaria em outro candidato ou não tem certeza em quem votaria.
Mais da metade dos católicos latinos, ateus ou agnósticos preferem os democratas, e os cristãos evangélicos preferem os republicanos.
Mesmo assim, a evolução é incerta.
No geral, 77% dos eleitores latinos estão insatisfeitos com a forma como as coisas estão indo no país e 54% desaprovam como Joe Biden está conduzindo o mandato presidencial.
Uma clara maioria dos hispânicos (73%) não quer que o ex-presidente Donald Trump continue sendo uma figura política nacional, mas entre os republicanos latinos, 63% pensam o contrário e quatro em cada dez (41%) acreditam que o magnata deveria concorrer à presidência em 2024.
A grande maioria (80%) acredita que a situação econômica do país, que sofre com uma inflação galopante, é crucial para decidir em quem votar nas próximas eleições legislativas intermédias.
Outra questão importante é o aborto, desde que a Suprema Corte dos Estados Unidos dinamitou o direito à interrupção da gestação em junho (a maioria acha que deveria ser legal em todos ou na maioria dos casos).
Os eleitores latinos também estão interessados em cuidados com a saúde, crimes violentos, educação, política de armas, imigração, mudança climática e nomeações para a Suprema Corte.
Em 2022, quase 35 milhões de latinos poderão votar nos Estados Unidos, ou seja, 14% do total de eleitores.
A pesquisa foi realizada de 1º a 14 de agosto com 3.029 latinos.