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SERTÂNIA

"Meu cliente não queria matar prefeito", reage advogado

Advogado disse que não houve, por parte do agressor, a intenção de matar o prefeito

Prefeito de Sertânia, Ângelo Ferreira Prefeito de Sertânia, Ângelo Ferreira  - Foto: Reprodução Instagram

O advogado criminalista Cláudio Soares, de São José do Egito, assumiu, ontem, a defesa do comerciante Nelson do Consórcio, de Sertânia, acusado de tentativa de homicídio contra o prefeito de Sertânia, Ângelo Ferreira (PSB), 71 anos. Na última quinta-feira, Nelson desferiu uma facada no abdômen do prefeito, que foi socorrido com vida e submetido a uma cirurgia no hospital Memorial, de Arcoverde.

Ontem, em entrevista exclusiva ao Frente a Frente, programa que ancoro pela Rede Nordeste de Rádio, o advogado disse que não houve, por parte do agressor, a intenção de matar o prefeito. “Foi apenas uma lesão corporal. Se o senhor Nelson tivesse a intenção de matar o senhor Ângelo, ele teria usado um revólver ou desferido mais facadas”, disse Soares, adiantando que o acusado, que está foragido desde o momento do crime, deve se entregar à polícia, mas ainda não decidiu quando fará isso.

O advogado disse ainda que o que chama de “lesão corporal” e não tentativa de homicídio, foi motivada por problemas pessoais e não políticos. Explicou que há uma rixa antiga entre o prefeito e o agressor, inclusive tendo isso gerado um processo na justiça. Soares disse também que o suspeito não usou uma faca, mas provavelmente uma serra de pão ou uma chave de fenda.

Tão logo desferiu a facada, o agressor sumiu da cidade, sendo procurado pela Polícia desde o momento do crime. Cláudio Soares diz que ele não se escondeu para escapar do flagrante, mas temendo ser assassinado. “Seu Nelson não atingiu uma pessoa qualquer, mas um prefeito e numa hora dessa tem gente que quer prestar serviço ao prefeito, ou seja, a fuga se deu para preservar a vida dele”, afirmou.

Soares narra que a motivação do crime estaria relacionada a uma velha rixa entre agressor e agredido, que gerou um processo judicial por iniciativa do prefeito. “O processo foi arquivado, não chegou a ser julgado, e foi aberto pelo prefeito que não apresentou provas de que teria sido agredido pelo meu cliente”, explicou o advogado.

Pela versão ainda de Soares, quando o prefeito chegou à agência do Banco do Brasil, antes do crime, teria cumprimentado Nelson, o que o teria irritado bastante. “Esse cumprimento foi recebido pelo senhor Nelson como uma provocação”, disse. Sobre a facada, Soares disse que foi apenas um golpe. E ele vai responder por lesão corporal e não tentativa de homicídio”, afirmou.  


 

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