Michelle Bolsonaro viaja na próxima semana a Israel com grupo de evangélicos
Segundo interlocutores do governo brasileiro, visita será de caráter pessoal
A primeira-dama Michelle Bolsonaro deve viajar, na próxima semana, a Israel, acompanhada de um grupo formado por pastores e seguidores evangélicos, segmento do eleitorado importante para o presidente Jair Bolsonaro, que neste ano tentará a reeleição. Segundo interlocutores do governo brasileiro, a visita será de caráter pessoal. Isso significa que não estão previstos encontros com autoridades israelenses, como ocorre em viagens oficiais.
Em relato feito ao Globo, esses interlocutores disseram que Michelle pretende visitar locais também cultuados por judeus e muçulmanos, como a cidade de Jerusalém, conhecida como “Terra Santa”.
A primeira-dama não acompanhou o presidente da República durante uma visita oficial àquele país em 2019. Na época, foi a primeira vez que um mandatário do Brasil prestigiou Israel com uma viagem oficial logo no início do seu mandato.
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Recebido com honras pelo então premiê Benjamin Netanyahu desde sua chegada, Jair Bolsonaro visitou locais históricos importantes de Jerusalém, como o Museu do Holocausto Yad Vashem. Também participou de um encontro com cerca de 200 empresários brasileiros e israelenses, para falar sobre as oportunidades de investimentos do Brasil.
Antes mesmo de assumir o governo, Bolsonaro já emitia sinais de que queria fortalecer os laços entre Brasil e Israel. Ele chegou a afirmar que iria transferir a embaixada brasileira de Tel Avir para Jerusalém, provocando protestos da comunidade árabe. Isto porque os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado.
As áreas de segurança, tecnologia, cibersegurança e defesa estão entre as prioridades nas relações bilaterais. Outro setor que levou o ex-chanceler Ernesto Araújo e o filho do presidente da República, deputado Eduardo Bolsonaro, àquele país, é o de saúde.
No início do ano passado, Eduardo e Ernesto foram enviados a Israel em busca de informações e parceria na fabricação de um spray nasal para o enfrentamento da Covid-19, chamado de “milagroso” por Jair Bolsonaro. Era um momento de alta de casos e óbitos causados pela doença.