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Milei sobre relação com Lula, López Obrador, Boric e Petro: "Não tenho parceiros socialistas"

Em entrevista à Bloomberg News, o candidato de extrema direita argentino descreve sua relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro como "excelente"

Javier Milei, o candidato da extrema direita argentina Javier Milei, o candidato da extrema direita argentina  - Foto: Luis Robayo/AFP

O candidato de extrema direita Javier Milei, que surpreendeu ao vencer as primárias argentinas no fim de semana, rejeitou manter relações com os líderes de esquerda que comandam as principais economias da América Latina: os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; do México, Andrés Manuel López Obrador; do Chile, Gabriel Boric; e da Colômbia, Gustavo Petro.

"Não tenho parceiros socialistas" afirmou à Bloomberg News na quarta-feira (16).

Na entrevista, em que descreveu sua relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro como "excelente", Milei também afirmou que quer retirar a Argentina — a segunda maior economia da América do Sul — do Mercosul, grupo formado pela Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e que tem a Venezuela como membro suspenso.

A aliança comercial, formada há mais de três décadas, tem tentado implementar um acordo de livre comércio com a União Europeia fechado há quatro anos.

"O Mercosul é uma união aduaneira de má qualidade que cria distorções comerciais e prejudica seus membros" afirmou.

Ao detalhar sua ampla rejeição a fazer qualquer negócio com "socialistas", Milei também colocou a China na mesma categoria do maior parceiro comercial da Argentina, o Brasil. A China é o segundo maior comprador de exportações argentinas e fornece uma linha de swap crucial de US$ 18 bilhões com o Banco Central que é usada para pagar o Fundo Monetário Internacional.

"As pessoas não são livres na China, não podem fazer o que querem e, quando o fazem, são mortas" disse, referindo-se ao governo de Pequim."Você faria comércio com um assassino?" indagou.

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