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Ministra da Saúde minimiza demissão de mais uma mulher do governo: "Dificuldades da política"

Presente no Sete de Setembro, Nísia Trindade falou sobre a saída de Ana Moser da Esplanada dos Ministérios

Ministra da Saúde, Nísia TrindadeMinistra da Saúde, Nísia Trindade - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, minimizou nesta quinta-feira a demissão da ministra Ana Moser, do Esporte, a segunda mulher a perder o posto no primeiro escalão para dar lugar a um homem em oito meses de governo. Após participar da celebração do Sete de Setembro, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Trindade afirmou que as ministras "vão continuar a trabalhar pela ocupação de espaços".

"O movimento do presidente certamente não é para redução de mulheres. O presidente sempre afirma a importância da nossa participação. O fundamental é, nesse momento, que o trabalho da Ana Moser foi maravilhoso, e que é muito importante esses espaço para nós ministras mulheres", afirmou ela ao Globo. "(São) As dificuldades da política, que nós entendemos. Continuaremos as ministras mulheres a trabalhar pela ocupação de espaços", completou.

Em outra manifestação de apoio a Nísia, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, divulgou nota na qual afirma que Moser atuou "incansavlmente oela valorização e pela igualdade entre alletas homens e mulheres".
 

"Com trajetória admirável, Ana Moser recuperou o papel social transformador do esporte em 8 meses de governo. Atuou incansavelmente pela valorização do futebol feminino e pela igualdade entre atletas mulheres e homens. Tenho certeza de que nos encontraremos em breve em futuras parcerias!", escreveu.

Quando a composição do primeiro escalão do início do governo Lula foi confirmada, ainda no fim do ano passado, aliados do presidente fizeram questão de valorizar o fato de que as escolhas para os ministérios contemplavam o maior número de mulheres desde a redemocratização.

Embora ainda longe uma paridade absoluta, as 11 representantes femininas em um total de 37 pastas significavam, à época, um percentual recorde de quase 30%. Passados pouco mais de oito meses, porém, a marca já não corresponde mais à realidade.

Entre as três baixas já sacramentadas desde o princípio do terceiro mandato de Lula, duas foram de mulheres — em ambos os casos, em movimentações para afinar a relação política com siglas de Centro e com o Congresso. A única exceção ficou por conta do general Gonçalves Dias, retirado do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) em abril após virem à tona vídeos em que ele aparecia interagindo com golpistas durante os ataques de 8 de janeiro, em Brasília.

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