Eleições 2022

Ministra do TSE suspende propaganda de Lula que vincula Bolsonaro ao caso Roberto Jefferson

O presidente tem tentado se afastar da imagem de seu apoiador, que atirou contra policiais federais no fim de semana

Jair Bolsonaro e Roberto Jefferson em registro publicado por página do PTBJair Bolsonaro e Roberto Jefferson em registro publicado por página do PTB - Foto: Reprodução/Redes Sociais

A ministra Maria Isabel Gallotti, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou a suspensão de veiculação de uma propaganda de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na TV que vincula o candidato Jair Bolsonaro (PL) a atos de violência contra mulher e ao ataque do ex-deputado Roberto Jefferson a policiais federais.

Em representação apresentada ao TSE, a campanha de Bolsonaro alega que a propaganda é "irrefutavelmente difamatória” pois associa o candidato do PL a “contextos graves de violência dos quais não tomou parte” por meio da política de apoio ao armamento do presidente.

Gallotti ressalta que Bolsonaro tem “conhecida política armamentista”, mas não associa seu discurso ao armamento do crime organizado ou à violência contra a mulher.

“Não há vinculação em seu discurso com o incentivo ao armamento do crime organizado, da violência contra a mulher, armamento de crianças ou violência urbana. Igualmente não se conhece qualquer manifestação de apoio do candidato Bolsonaro aos atos praticados por Roberto Jefferson contra a Polícia Federal”, avaliou a ministra.
 

Bolsonaro tem tentando se afastar do ex-deputado Roberto Jefferson, que atirou e jogou granadas em policiais federais no último domingo. Os agentes estavam cumprindo um mandado de prisão após Jefferson ter descumprido regras de sua prisão domiciliar.

Roberto Jefferson foi apoiador de Bolsonaro durante todo o governo e foi um dos principais atores políticos a atacar o Supremo Tribunal Federal (STF), inclusive ofendendo a ministra Cármen Lúcia no último fim de semana.

Para se afastar, Bolsonaro chegou a dizer que não tinha “qualquer ligação” com Jefferson e inclusive negou ter fotos com o apoiador, informação desmentida rapidamente com imagens dos dois em encontros no Palácio do Planalto.

Caso a propaganda volte a circular, a campanha do PT terá que pagar multa de R$ 25 mil.

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