Ministro da Justiça anuncia 'normalização da circulação viária' nas rodovias do país
Manifestantes bolsonaristas vinham bloqueando estradas após a vitória de Lula nas eleições
O ministro da Justiça, Anderson Torres, anunciou que as estradas federais do país voltaram a uma situação de normalidade, após os bloqueios feitos por manifestantes bolsonaristas em atos contra o resultado das eleições que elegeram Luiz Inácio Lulda da Silva (PT) para a Presidência da República. Na quarta-feira, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) já havia informado que todas estradas estavam livres de bloqueios e interdições.
"Após atuação continuada da @PRFBrasil, chegamos a uma normalização da circulação viária no país. Ao mesmo tempo, seguimos nos trâmites de conclusão da nossa vitoriosa gestão frente ao @JusticaGovBR, e o consequente processo de transição de governo", postou o ministro do governo Jair Bolsonaro (PL).
Bolsonaristas vinham bloqueando estradas desde a noite do domingo de segundo turno. Criticada por não ter sido mais ostensiva em relação às interdições, a PRF se tornou alvo de investigação aberta pelo ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, para apurar se houve omissão em relação aos atos.
Os protestos que se espalharam por estados de todas as regiões do Brasil tinham manifestantes pedindo “intervenção federal”, carregando faixas com palavras de ordem contra o Supremo Tribunal Federal (STF), além de pedirem por uma ação das Forças Armadas sobre o resultado das urnas.
Três dias após os bloqueios ilegais começarem pelo país, Bolsonaro, derrotado nas eleições de outubro, gravou um vídeo em que pedia a seus apoiadores que liberassem as rodovias federais.
"Quero fazer um apelo a você. Desobstrua as rodovias. Isso aí não faz parte, no meu entender, dessas manifestações legítimas. Não vamos perder nós, aqui, essa nossa legitimidade. Outras manifestações vocês estão fazendo pelo Brasil todo. Em praças. Faz parte, repito, do jogo democrático. Fiquem à vontade", diz Bolsonaro no vídeo, publicado em suas redes sociais.