"Minuta golpista" em casa de Anderson Torres estava em pasta do governo federal, diz PGR
Procuradoria pediu manutenção de prisão de Anderson Torres em petição apresentada ao STF
Em petição apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da República (PGR) rebateu o argumento do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, de que a minuta golpista encontrada em sua casa durante cumprimento de mandado de busca e apreensão estivesse separado para ser descartado. Segundo a representação apresentada, o documento estava guardado em uma pasta do governo federal e junto a outros itens como fotos de família e uma imagem religiosa.
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Assinado pelo procurador Carlos Frederico Santos, o documento da PGR pede que o ex-ministro permaneça em prisão preventiva. Segundo a petição, Torres poderia colocar em risco o prosseguimento das investigações se colocado em liberdade.
"Ao contrário do que o investigado já tentou justificar, não se trata de documento que seria jogado fora, estando, ao revés, muito bem guardado em uma pasta do Governo Federal e junto a outros itens de especial singularidade, como fotos de família e imagem religiosa", afirmou o procurador.
A PGR destacou que a apreensão da minuta golpista só foi possível porque Torres estava nos Estados Unidos e, se estivesse em liberdade, poderia ter ocultado ou destruído esse e outros elementos de prova, assim como ocorreu com seu celular que, diz a PGR, foi deixado nos Estados Unidos para "impedir a extração de dados e análise da prova".