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Política

Molon deve ser barrado em lançamento de aliança de Lula com Freixo

Ato público vai celebrar palanque do petista no Rio que terá André Ceciliano como candidato ao Senado

Alessandro Molon (RJ)Alessandro Molon (RJ) - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participará de um evento para lançar seu palanque no Rio de Janeiro, no dia 7 de julho, ao lado dos pré-candidatos ao governo Marcelo Freixo (PSB) e ao Senado, André Ceciliano (PT). Já o deputado federal Alessandro Molon (PSB), colega de partido de Freixo que tenta emplacar sua candidatura para a vaga de senador, será barrado de subir no palco.

O evento está previsto para ocorrer num ato público na Cinelândia, no centro do Rio, às 18h. A notícia foi antecipada pela colunista do Extra Berenice Seara.

Lula já fez chegar ao ouvido das lideranças petistas no estado que o evento vai ser só do PT com Freixo. Nenhuma liderança do PSB foi convidada até o momento. Além disso, a participação de Molon, visto como ameaça ao crescimento de Ceciliano por dividir os votos de esquerda, está vetada.
 

Carregando debaixo do braço pesquisas de intenção de voto para o Senado que lhe posicionam como o candidato da esquerda mais bem colocado para a disputa, Molon ainda tenta convencer o PT a ceder a vaga na chapa de Lula no Rio.

O pessebista já conta com o apoio da federação Rede-PSOL para lançar seu nome. Porém, o PT vem aumentando a pressão sobre o parlamentar, ressaltando que o campo da esquerda deve caminhar com uma candidatura única ao Senado.

Na semana passada, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que partidos que compõem uma coligação podem lançar mais de um candidato ao Senado. A decisão deixou em aberto a possibilidade de Molon manter sua candidatura ao lado da de Ceciliano.

Porém, a avaliação entre dirigentes petistas é que o partido não pode abrir mão de ter pelo menos um nome na disputa majoritária no Rio. Na segunda-feira, o PCdoB oficializou o apoio à pré-candidatura de Ceciliano.

Ao GLOBO, o presidente do PT fluminense, João Maurício de Freitas, afirmou que o partido pode romper a aliança para apoiar Freixo na disputa ao governo do estado caso o PSB não retire a candidatura Molon ao Senado.

—.Tenho certeza que a aliança será rompida se o acordo nacional não for cumprido. A decisão acertada foi o PSB indicar o candidato a governador (Freixo) e nós ao Senado (Ceciliano) — disse João Maurício, que prevê ainda para esta semana uma definição sobre a chapa no estado.

A mesma posição tem a direção nacional do PT. Presidente do partido, Gleisi Hoffmann vem insistindo que não há como o PSB ficar com as duas vagas para as disputas majoritárias.

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