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BRASIL

Moraes compara assédio eleitoral ao crime organizado e diz que prática não será admitida em 2024

TSE e Ministério Público do Trabalho assinaram acordo de cooperação. Mais de 2 mil investigações foram abertas devido a eleições de 2022

Alexandre de Moraes, ministro do STFAlexandre de Moraes, ministro do STF - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmou nesta terça-feira (16) que o assédio eleitoral é uma prática "absolutamente semelhante" ao que é feito pelo crime organizado.

A declaração foi feita durante cerimônia de assinatura de um acordo de cooperação entre o TSE e o Ministério Público do Trabalho (MPT) com o objetivo de combater esse tipo de prática.

— É uma prática absolutamente semelhante à do crime organizado. Ameaçar as pessoas a votar em determinados candidatos sob pena de perder seu emprego, sob pena de não ter mais como subsistir e garantir a subsistência da sua família — declarou Moraes.

O presidente do TSE afirmou que o objetivo é atuar de forma preventiva, para evitar que isso ocorra nas eleições municipais de 2024. Entretanto, Moraes ressaltou que, se necessário, também haverá repressão.

— (A atuação será) De forma preventiva, medidas preventivas, exatamente para já demonstrar que nas eleições do ano que vem nós não admitiremos isso. E as empresas e pessoas que assim atuarem serão punidas. E, se necessário for, como foi nas eleições do ano passado, de forma repressiva.
 

O procurador-geral do Trabalho, José de Lima Pereira, apresentou um balanço das apurações relacionadas às eleições de 2022 e afirmou que é preciso punir os crimes cometidos para impedir que se repitam.

— Práticas não combatidas se repetem. Ilicitudes impunes também se repetem. Não tenho dúvida que temos que estar preparados.

Foram abertas 2.472 investigações, sendo que 421 já resultaram em Termos de Ajustamento de Conduta (TAC). Ainda há 787 investigações ativas.

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