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Interpol

Moraes determina a inclusão de bolsonarista Osvaldo Eustáquio na lista de procurados da Interpol

Decisão do ministro do STF é sigilosa; Aliado de Bolsonaro está foragido desde 2022

Osvaldo EustáquioOsvaldo Eustáquio - Foto: Reprodução/Redes Sociais

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a inclusão do nome do blogueiro bolsonarista Osvaldo Eustáquio na lista vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). Ele está foragido desde dezembro de 2022, quando Moraes determinou a prisão dele por ataques ao processo eleitoral e apoiando manifestações no quartel-general do Exército.

A decisão do ministro é sigilosa, mas foi confirmada pelo GLOBO. O jornalista já havia sido preso em 2020, durante o inquérito dos atos antidemocráticos. Ano passado, ele se candidatou a deputado federal neste ano, pelo União Brasil, mas não se elegeu.

Em 2021, o blogueiro foi preso em duas oportunidades no âmbito de inquérito que investigava atos antidemocráticos. Em setembro, porém, o ministro Alexandre de Moraes determinou nova ordem de prisão ao blogueiro, que se encontrou no México com Zé Trovão.

A medida foi tomada depois que Eustáquio fez uma transmissão ao vivo com o líder caminhoneiro na qual ele incitou atos violentos contra o STF no dia 7 de setembro. Passados os atos, sua prisão preventiva foi revogada e ele foi solto.

Em nota publicada nas redes sociais, a defesa de Eustáquio disse que o Instituto Internacional de Defesa de Presos e Exilados Políticos (IIPEP) vai enviar um ofício à Interpol pedindo a não inclusão do nome de Eustáquio na lista vermelha.

"O IIPEP – Instituto Internacional de defesa de presos e exilados políticos vai enviar um ofício a Interpol pedindo a não inclusão do nome de Eustáquio no alerta vermelho com base no artigo 3 do órgão internacional que veda a inclusão de nomes por perseguição política e Oswaldo é um refugiado político por perseguição ilegal perante a nação Paraguaia, fato evidente neste caso pois um dos supostos crimes seria atentado violento ao estado democrático de direito, delito que não é reconhecido internacionalmente e não tem validade perante a ausência de reciprocidade", diz o advogado Ricardo Freire Vasconcellos.

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