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Moraes inclui Carla Zambelli em inquérito de tentativa de golpe

Em nota, a deputada disse ter recebido a informação "com surpresa"

Carla ZambelliCarla Zambelli - Foto: Lula Marques/ EBC

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, atendeu um pedido da Polícia Federal e incluiu a deputada Carla Zambelli no inquérito sobre suposta tentativa de golpe de Estado gestada no governo Jair Bolsonaro.

O novo braço da investigação vai se debruçar sobre a suposta intermediação, por Zambelli, de viagem de uma influenciadora à Espanha para conversar com o ex-chefe de inteligência de Hugo Chávez, o militar venezuelano Hugo Carvajal.

Em nota, a deputada disse ter recebido a informação "com surpresa" e informou que só vai se manifestar "após ter acesso aos autos".

O ex-general alegou, em outubro de 2021, que partidos de esquerda na América Latina e na Europa teriam recebido um suposto financiamento ilegal da Venezuela por 15 anos. Como mostrou o Estadão Verifica, o militar nunca apresentou provas das alegações e o caso foi arquivado.

O general foi citado por Bolsonaro a reunião de 5 de julho de 2022, cuja gravação foi tornada pública na Operação Tempus Veritatis - ofensiva aberta em fevereiro para investigar a suposta tentativa de golpe de Estado.

"Temos informações do general Carvajal lá da Venezuela preso na Espanha, já fez delação premiada dele lá. Por 10 anos abasteceu o dinheiro do narcotráfico, Lula da Silva, Cristina Kirchner, Evo Morales, essa turma toda que vocês conhecem", afirmou o ex-presidente na ocasião.

Após a reunião, a Polícia Federal chegou a abrir um procedimento investigativo, pouco antes do 1º turno das eleições, sobre o suposto período em que o dinheiro do narcotráfico "teria abastecido Lula". A informação veio à tona durante o depoimento do ex-ministro Anderson Torres na Operação Tempus Veritatis.

Com a palavra, a deputada Carla Zambelli
A deputada federal Carla Zambelli recebe, com surpresa, a informação, por meio da imprensa, de que teria sido incluída em uma investigação sobre a chamada "minuta do golpe".

Por não ter conhecimento dos fatos em questão, a parlamentar somente poderá se manifestar após ter acesso aos autos, mas estará à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos julgados necessários.
 

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