ATAQUES A MINISTROS DO STF

Moraes manda PF identificar membros de grupo do Telegram do influenciador que atacou ministros

"Caçadores de ratos do STF" tinha como um de seus integrantes homem preso no mês passado

TelegramTelegram - Foto: Telegram/Divulgação

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal (PF) analise em 15 dias as mensagens trocadas no grupo de Telegram "Caçadores de ratos do STF" e identifique seus integrantes.

A decisão foi tomada a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), no âmbito de um processo que tem como alvo Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, preso em julho após fazer ameaças a ministros do STF e políticos de esquerda, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ivan foi preso após a PF dizer que ele "busca arregimentar apoiadores e estimula a adesão de pessoas a sua conduta, com a finalidade de constranger, pela grave ameaça e/ou violência efetiva, ministros do Supremo Tribunal Federal e personalidades de partidos políticos situados à esquerda do espectro ideológica".

A PF também observou que ele participa de grupos no Instagram e Whatsapp, nos quais compartilha conteúdo com ofensas, intimidações e ameaças ao STF e à esquerda. Foi também identificado o grupo no Telegram, mas, segundo a PGR, a polícia não esclareceu se foi possível extrair algum conteúdo dele.

A PGR entendeu ser imprescindível a análise das mensagens do grupo de Telegram, mesmo a PF já tendo apresentado relatório conclusivo segundo o qual Ivan cometeu os delitos de associação criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

"No caso concreto, a investigação não apontou quais seriam os integrantes dessa associação criminosa, tampouco a sua organização e divisão de tarefas, além de outros elementos do elo associativo. De fato, com a identificação apenas de Ivan Rejane como autor de fatos delitivos, não é possível, no atual momento, confirmar a existência de uma associação criminosa. Porém, com o aprofundamento das diligências investigativas, especialmente com a identificação dos 159 participantes do grupo de Telegram “Caçadores de ratos do STF” e respectiva análise de mensagens trocadas, tal hipótese criminal se afigura factível de ser revelada", diz trecho do pedido da PGR, assinado pela vice-procuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo.

Moraes concordou: "Efetivamente, a diligência requerida pelo Parquet [PGR] é essencial à confirmação da hipótese criminal levantada pela Polícia Federal e que levou, inicialmente, à decretação da prisão temporária do investigado, posteriormente convertida em prisão preventiva."

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