Moraes nega pedido da defesa e mantém prisão preventiva de Anderson Torres
Segundo o ministro, a prisão preventiva de Torrres é uma medida "razoável, adequada e proporcional para garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal"
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido formulado pela defesa e manteve a prisão preventiva do ex-ministro da Justiça e secretário de segurança do Distrito Federal Anderson Torres. A decisão é desta quarta-feira (1º).
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Segundo o ministro, a prisão preventiva de Torrres é uma medida "razoável, adequada e proporcional para garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal".
"Conforme consignei em decisão proferida no dia 8/1/2023, o descaso e conivência do ex-Ministro da Justiça e Segurança Pública e, até então, Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, ANDERSON TORRES, com qualquer planejamento que garantisse a segurança e a ordem no Distrito Federal, tanto do patrimônio público – CONGRESSO NACIONAL, PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA e SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – só não foi mais acintoso do que a conduta dolosamente omissiva do Governador do Distrito Federal, IBANEIS ROCHA", afirma o ministro no despacho.
Na segunda-feira (27), em uma manifestação apresentada a Moraes, a Procuradoria-Geral da República (PGR) rebateu o argumento do ex-ministro da Justiça de que a minuta golpista encontrada em sua casa durante cumprimento de mandado de busca e apreensão estivesse separado para ser descartado.
Em sua decisão, Moraes citou o posicionamento da PGR favorável à manutenção da prisão de Torres e ressaltou que o ex-ministro poderia colocar em risco o prosseguimento das investigações se colocado em liberdade.