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Política

Moro se reúne com Eduardo Leite e Simone Tebet em São Paulo e defende união do centro

Os encontros fazem parte de uma movimentação ocorrida nos últimos dias entre os partidos que tentam articular uma candidatura única

Ex-ministro da Justiça Sérgio MoroEx-ministro da Justiça Sérgio Moro - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O ex-juiz Sergio Moro, recém-filiado ao União Brasil, se reuniu na manhã deste sábado com o ex-governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB), num hotel em São Paulo. Em sua conta no Twitter, o ex-juiz publicou ter se tratado de uma conversa "sobre a necessidade de união do centro que está sendo liderada no União Brasil por Luciano Bivar", referindo-se ao presidente nacional de sua nova sigla.

Na sexta-feira, ele havia se encontrado com a senadora Simone Tebet, pré-candidata à Presidência pelo MDB e também conversou sobre uma possível união contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), ambos à frente nas pesquisas eleitorais.

"Precisamos da indignação e do apoio de todos os brasileiros de bem", publicou o ex-juiz junto de uma foto com a aliada.

Os encontros fazem parte de uma movimentação ocorrida nos últimos dias entre os partidos que tentam articular uma candidatura única para disputa presidencial: PSDB, União Brasil e MDB.

Na última pesquisa Datafolha, lançada em 24 de março, Moro tinha 8% de intenções de voto, Doria, 2%, e Tebet, 1%. No cenário sem o ex-governador de São Paulo, Leite também marcou 1%.

Leite foi derrotado nas prévias tucanas, mas tenta voltar à disputa presidencial. Nesta semana, ele deixou o cargo de governador do Rio Grande do Sul, mas não definiu a qual cargo deve concorrer.

Moro deixou o hotel neste sábado e encerrou sua estada de dois dias em São Paulo também sem definir a qual cargo vai concorrer. Logo após sua filiação ao União Brasil, o partido anunciou em comunicado, que o ex-juiz seria candidato a deputado federal por São Paulo.

O próprio Moro chegou a anunciar, naquele dia, a desistência do projeto presidencial, mas recuou e, no dia seguinte, convocou uma coletiva para declarar que "não desistia de nada".

O grupo de ACM Neto, do antigo DEM, entretanto, ameaçou impugnar sua filiação caso ele insistisse em ser pré-candidato ao Planalto pela legenda. A ameaça de impugnação da filição fez o deputado federal Junior Bozzella, vice-presidente do União paulista e fiador da chegada do ex-juiz, sair em defesa do aliado e criticar a pressão colocada pelos correligionários.

A articulação da "ala DEM" para contradizer qualquer menção de Moro a uma possível candidatura presidencial escancara a falta de apoio em sua nova legenda e dificulta uma definição a unificação dos três partidos em torno de um só nome, já que Moro aparece hoje à frente de Doria, Leite e Tebet.

Enquanto isso, Leite deve pôr em prática um roteiro de conversas e encontros com políticos, integrantes do terceiro setor e de organizações sociais que o apoiaram durante as prévias do PSDB, de acordo com a colunista Malu Gaspar, do GLOBO.

A ideia é começar por estados governados pelos tucanos ou onde os candidatos do partido assinaram uma carta no último dia 18 pedindo que ele não saísse do PSDB: Paraíba, Pernambuco, Amazonas e Alagoas.

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